A confiança do consumidor subiu 4,4% na passagem de julho para agosto, registrando 113,1 pontos, segundo divulgou nesta sexta-feira, 23, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado do Índice da Confiança do Consumidor (ICC) mostra uma recuperação diante das perdas ocorridas entre junho e julho, período mais intenso das manifestações populares no País.

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Apesar da recuperação, a FGV destaca que o nível da confiança em agosto ainda é baixo em termos históricos. O desempenho do indicador é calculado dentro de uma escala de pontuação de até 200 pontos. Quanto mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor.

O ICC é dividido em dois indicadores: o Índice de Situação Atual (ISA) e o Índice de Expectativa (IE). O primeiro apresentou um avanço de 7,3% em agosto, depois de amargar uma queda de 9,7% em julho. A alta, segundo a FGV, reflete a diminuição do grau de insatisfação com a situação econômica atual. Em 117,2 pontos, o ISA ainda ficou abaixo da média dos últimos cinco anos (127,8).

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Já as expectativas em relação aos próximos meses estão mais otimistas. O Índice de Expectativas (IE) fechou em alta de 3,5%, para 110,4 pontos, o melhor resultado desde janeiro de 2013 e acima da média (108,0 pontos).

Satisfação

Segundo a FGV, o quesito que mede o grau de satisfação dos consumidores com a economia atual foi responsável pela evolução favorável da confiança este mês. O indicador aumentou 17,4% em agosto, recuperando parte da forte influência negativa verificada nos dois meses anteriores, quando havia caído 20,3%. Entre julho e agosto, a proporção de consumidores que avaliam a situação atual da economia como boa subiu de 14,9% para 17,4%, enquanto a dos que a julgam ruim caiu de 47,1% para 37,8%.

Com relação aos seis meses seguintes, houve melhora no item que mede o otimismo em relação à economia. O indicador avançou 7,5%, ao passar de 103,4 pontos para 111,2 pontos, o maior desde janeiro de 2013 (112,4). A parcela de consumidores projetando melhora da situação econômica aumentou de 27,9% para 29,8%; a dos que preveem piora diminuiu de 24,5% para 18,6%.

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