O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) de agosto, divulgado nesta quinta-feira (16) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), chegou a 54,5 pontos, movimento que representa alta de 1,2 ponto sobre o Icei de 53,3 pontos registrado em julho. O resultado, entretanto, é pior do que o de agosto de 2011, quando alcançou 56,3 pontos.
O índice varia de zero a cem. Nessa escala, valores abaixo de 50 pontos representam pessimismo e indicadores acima de 50 pontos significam otimismo. O Icei é formado pela avaliação dos empresários do setor das condições atuais e para os próximos seis meses em relação à economia e à empresa. A CNI avalia que o aumento do otimismo dos empresários de um mês para o outro, ou seja, de julho para agosto, não assegura mudança na trajetória de queda do índice, que vem ocorrendo desde o início de 2010.
A pesquisa revela que a confiança em agosto em relação a julho subiu para os industriais de todos os portes de empresas e praticamente de todas as regiões, com exceção do Nordeste, cujo indicador ficou estável em 57,7 pontos (ainda assim, o mais elevado na comparação regional). O Icei de agosto dos empresários do Centro-Oeste ficou em 56,6 pontos, ante 54,3 pontos em julho. No Norte, o Icei atingiu 55,1 pontos este mês, frente a 53,2 pontos, no mês passado. No Sudeste, o Icei de agosto alcançou 52,8 pontos, ante 50,9 pontos, no mês anterior. No Sul, o Icei deste mês ficou em 51,6 pontos, ante 51,1 pontos em julho.
Entre os segmentos industriais, houve alta no ICEI para a indústria de transformação (53,7 pontos em agosto ante 52,4 pontos em julho) e de construção (56,1 pontos em agosto frente 55,2 pontos em julho). Já o índice da indústria extrativa caiu, registrando 54,1 pontos este mês ante 57,1 pontos em julho. Dos 28 setores da indústria de transformação pesquisados, o madeireiro e o de manutenção e reparação registraram falta de confiança, com índices abaixo de 50 pontos.
O Icei apura também o sentimento dos industriais em relação às condições atuais da economia e da empresa e as expectativas para os próximos seis meses. Sobre as condições atuais da economia e da empresa, os empresários continuam pessimistas, com índice de 46 pontos em agosto, ou seja, abaixo da linha dos 50 pontos. Em julho, esse índice marcou 44 pontos. Já as expectativas dos empresários sobre o futuro continuam positivas. O componente do ICEI que capta as perspectivas dos empresários para os próximos seis meses teve alta ao registrar 58,7 pontos em agosto ante 58 0 pontos em julho.