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CONSEQUÊNCIAS NEFAstas

Confira o que pode ocorrer se a Câmara e o Senado não aprovarem as medidas

Quais as consequências para os Estados Unidos se não houver um acordo para elevar o teto da dívida?

O país não poderá fazer mais empréstimos e terá de cortar imediatamente cerca de 40% de seus gastos. Será preciso escolher quais contas pagar, entre credores internos, externos e as próprias necessidades do orçamento americano. Investimentos em benefícios sociais, como saúde pública e previdência, podem ficar comprometidos. Outra consequência drástica é a elevação do índice de desemprego que está em 9,2%, ainda por conta da crise de 2008. Os EUA também deixarão de apresentar plenas condições de honrar suas dívidas. A classificação de risco – que atualmente é AAA, a mais elevada na escala – pode ser reduzida. Quanto maior a nota dada pelas agências que avaliam o risco, melhor está o país com relação ao cumprimento dos compromissos financeiros.

Quais são os riscos para a economia mundial?

Os países credores dos Estados Unidos e os que dependem muito das transações comerciais com os americanos serão gravemente afetados. Se os EUA derem calote na dívida, por exemplo, os países que detêm esses títulos ficarão sem receber. Além disso, os investidores teriam de escolher outros ativos considerados de pouco risco para investir suas economias – e sabe-se que não há, no mundo, mercados de baixo risco tão grandes quanto é o mercado de títulos da dívida norte-americana. A bolsa de Nova York, que já vem apresentando sucessivas baixas, pode despencar e levar consigo bolsas do mundo inteiro, o que geraria pânico no mercado de ações. Analistas avaliam que o resultado mais extremo é uma nova recessão, que pode igual ou até pior que a causada pela quebra do banco Lehman Brothers, em 2008.

Como o Brasil pode ser afetado?

Caso os EUA deixem de pagar sua dívida, a economia brasileira seria diretamente afetada já que, com US$ 207 bilhões em papéis de dívida americana, o país é o quarto credor dos Estados Unidos, atrás de China, Japão e Reino Unido. Os custos ficarão mais elevados para empresas e bancos brasileiros que captam dinheiro no exterior. Uma consequência indireta é o fato de China, que é o maior credor dos EUA, ser também um dos principais parceiros comerciais do Brasil. Portanto, um eventual calote geraria um efeito dominó, já que a economia chinesa também estaria enfraquecida.

Se não houver acordo, os EUA devem mesmo deixar de pagar sua dívida?

Esse é cenário menos provável, segundo analistas. A tendência é que o governo faça os cortes necessários internamente, de modo a continuar honrando o pagamento de sua dívida, até para manter sua credibilidade no exterior. Mas, mesmo que os EUA não deem calote, sua capacidade de honrar dívidas já estará sob suspeita, uma vez que o déficit orçamentário do país continua muito grande.

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