Influentes congressistas do Meio-Oeste norte-americano afirmam que irão se opor a quaisquer acordos que impliquem em levar mais etanol brasileiro aos Estados Unidos (EUA), advertindo que tais alianças poderiam prejudicar os agricultores do país.

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Estados Unidos e Brasil, os dois maiores produtores de etanol do mundo, procuram maneiras para criar um mercado global para o biocombustível por meio da promoção de padrões comuns, segundo autoridades do Departamento de Estado dos EUA.

O presidente dos EUA, George W. Bush, deve discutir o assunto na semana que vem, quando se encontrar com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, em sua visita ao país.

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As duas nações, que juntas produzem 70 por cento de todo o etanol mundial, estabeleceram o objetivo de ampliar o comércio bilateral até 2010.

A idéia da parceria foi duramente atacada pelo senador Chuck Grassley, de Iowa, republicano pertencente ao Comitê de Agricultura do Senado e defensor dos interesses de agricultores norte-americanos.

Em janeiro, Bush pediu ao Congresso que aprovasse um aumento de cinco vezes no uso do etanol até 2017. Os produtores de etanol nos EUA estão elevando a capacidade, mas autoridades administrativas avisam que há um limite de produção para o etanol do milho.

``Não consigo compreender ... por que os EUA pensariam em gastar dinheiro dos impostos para encorajar a produção de etanol em outros países, produção esta que poderia competir diretamente com o etanol dos EUA'', escreveu Grassley numa carta a Bush na sexta-feira.

Os EUA e o Brasil avaliam um plano para a construção de usinas de etanol em países do Caribe que poderiam usufruir da isenção da tarifa de importação norte-americana de 54 centavos por galão.

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No âmbito do programa dos EUA CBI (Caribbean Basin Initiative), o etanol brasileiro reprocessado em nações da região, como Costa Rica, El Salvador e Jamaica, pode entrar nos EUA sem pagar impostos.

O Brasil é o país com o menor custo de produção do etanol no mundo e depende da cana-de-açúcar como matéria-prima.

O congressista Collin Peterson, democrata de Minnesota e chefe do Comitê de Agricultura da Câmara dos Deputados, disse aos repórteres na quinta-feira que a tarifa de importação do álcool deverá permanecer igual, apesar das reivindicações de autoridades brasileiras para eliminá-la.

``Atualmente, precisamos manter este mercado para nós mesmos até que a indústria local se fortaleça'', dise Peterson. ``Não precisamos transferir a dependência energética para o Brasil.''

Em dezembro, o Congresso dos EUA renovou as tarifas de importação do etanol até 2009, mesmo sendo muito menos caro produzir o etanol brasileiro da cana em vez do norte-americano, originado do milho.

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Autoridades do governo Bush disseram que o abandono da tarifa é improvável antes de seu vencimento.