A piora da visão dos investidores em torno da situação da economia do Brasil, que foi reforçada pela contração do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre reportada ontem, fez com que a Bovespa se mantivesse no pior nível desde 30 de agosto, pelo segundo dia consecutivo. O desempenho negativo do mercado doméstico também foi afetado pelo nervosismo nas bolsas internacionais em meio à temores de que o Federal Reserve (Fed) começará a reduzir os estímulos em breve nos EUA.
Após passar toda a manhã em território negativo, a Bovespa conseguiu zerar as perdas no início da tarde, ajudada pela recuperação da Petrobras, após o tombo de ontem, e pela alta das ações da Vale. Mas o alívio durou pouco e a bolsa brasileira não conseguiu sustentar os ganhos e bateu mínimas sequenciais, à medida que as bolsas em Nova York acentuaram a queda, em meio a especulações de que o banco central dos EUA poderá começar a reduzir seu programa de estímulo à economia antes do que se previa. Os temores voltaram a rondar os mercados desde ontem, quando foram divulgados relatórios sobre atividade industrial em vários países, que reforçaram a percepção de que a economia global está se recuperando.
No fim da negociação, o Ibovespa terminou com baixa de 1,75%, aos 50.348,89 pontos. Na máxima, o índice alcançou 51.257 pontos (+0,02%) e na mínima atingiu 50.224 (-1,99%). O índice acumula queda de 4,06% em dezembro e baixa de 17,40% no ano. O giro financeiro totalizou R$ 6,453 bilhões, de acordo com dados preliminares.