Romer: confiança na retomada dos EUA| Foto: John Gress/Reuters

Um dia antes de o governo dos Estados Unidos detalhar como funcionará o programa de resgate do sistema financeiro, a chefe do grupo de conselheiros econômicos da Casa Branca, Christina Romer, foi à televisão dizer que a administração de Barack Obama está "incrivelmente confiante" de que a economia norte-americana vai se recuperar até o fim do ano. Ela deu entrevistas ao programa "Fox News Sunday" e para o "State of the Union", da CNN, onde ela disse que tem "toda expectativa... de que nós vamos nos recuperar este ano e que estaremos crescendo novamente até o final do ano".

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Em duas partes importantes da agenda desta semana, espera-se que o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, revele os tão aguardados detalhes do plano de ajuda a bancos na segunda-feira e, na quinta-feira, trate de propostas para reformar a regulação do sistema financeiro numa audiência no Congresso. Um dos alvos da estratégia para limpar o sistema financeiro será atrair investidores privados com abundantes empréstimos e generosos termos para comprar hipotecas ruins e outros ativos tóxicos, disse uma fonte familiar ao plano.

Obama também virá a público nesta semana para defender as medidas que estão sendo tomadas na área econômica. Ele discutirá o assunto em uma entrevista a jornalistas em horário nobre na terça-feira. O presidente norte-americano já enfrentou na semana passada um momento delicado quando foi divulgado que executivos da seguradora AIG, que recebeu aporte de quase US$ 180 bilhões do governo, receberam bônus milionários. Agora, terá de defender outra grande intervenção no mercado.

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Os passos do presidente Barack Obama para reverter a profunda recessão e re-estruturar o enfraquecido sistema financeiro dos EUA têm implicações globais, à medida que ele se prepara para o encontro de líderes das principais nações desenvolvidas e em desenvolvimento (G20) no começo de abril. Mas os planos de reforma de Obama e o grande gasto previsto para estimular a maior economia do mundo enfrentam a oposição de alguns congressistas e corporações.