O Conselho de Administração da Klabin aprovou a construção de uma nova fábrica em Ortigueira, no Paraná, o chamado Projeto Puma, e fará uma emissão R$ 1,7 bilhão em units para tocar o projeto sozinha, informou a empresa de papel e celulose nesta terça-feira.
A previsão é que a fábrica receba um total de R$ 5,3 bilhões em investimentos. O valor restante será captadao junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e agências multinacionais de importação, disse a maior produtora e exportadora de papéis do Brasil em fato relevante. As units serão compostas de 1 ação ordinária e quatro preferenciais e serão listadas no Nível 2 da BM&FBovespa.
A emissão das units ainda está sujeita à aprovação de detalhes da operação em assembleias geral e especiais de acionistas. Ainda precisa ser aprovada a operação que resultará em acréscimo de 15% no número de ações ordinárias detidas pelos controladores e uma diluição de cerca de 3% do capital social para os demais acionistas. Também deverá ser aprovada a substituição da vantagem atribuída às ações preferenciais, visando um tag along de 100%. Atualmente, os papéis preferenciais recebem dividendo 10 cento superior ao das ordinárias.
A Klabin disse que decidiu implementar o projeto Puma diretamente, em vez de realizá-lo em conjunto com investidores, como vinha negociando, por considerar mais vantajo para os acionistas e para a empresa. "O desenvolvimento do Projeto Puma pela própria Klabin ... permitirá futuras integrações com máquinas de papéis para embalagens da Companhia; trará ganhos operacionais relevantes e sinergias ao longo da sua cadeia de produção; e será mais vantajoso para a Companhia, potencialmente com menor diluição para os seus acionistas", disse a empresa.
A empresa negociava com investidores a instalação do projeto por meio da constituição de uma nova empresa denominada Klabin Celulose, em que faria o aporte de 107 mil hectares de florestas plantadas no Paraná, além de recursos financeiros dos investidores. A unidade industrial, localizada em Ortigueira (PR), terá capacidade para produção de 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano, sendo aproximadamente 1,1 milhão de toneladas de celulose de fibra curta e 400 mil toneladas de celulose de fibra longa.
No final de abril, o diretor geral da Klabin, Fabio Schvartsman, disse que empresa esperava ter uma definição em breve sobre o projeto e acreditava que a fábrica poderia entrar em operação no segundo semestre de 2015. A previsão agora é que a nova unidade possa entrar em operação no primeiro trimestre de 2016.
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