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O Conselho da Vale não conseguiu definir nesta quinta-feira (15) qual será o futuro da sucessão do presidente da companhia, Eduardo Bartolomeo. A reunião entre os conselheiros terminou sem consenso.
Segundo apuração da Folha de S. Paulo, dos 13 conselheiros da companhia, um se absteve da votação 6 votaram pela recondução do atual presidente e outros 6 pela abertura de processo de sucessão.
De acordo com a Vale, a reunião extraordinária para deliberar sobre o tema "terminou de forma inconclusiva e o conselho voltará a se reunir nos próximos dias em busca de uma definição sobre o assunto".
A sucessão da companhia ganhou forças após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cogitar a indicação do ex-ministro Guido Mantega para o comando. Porém, rumores deram conta da desistência do Planalto, após sinalização de que o conselho de administração não aprovaria o nome do ex-ministro.
O mandato de Bartolomeo termina em 26 de maio e, pelo estatuto da companhia, as tratativas devem começar com três meses de antecedência. A companhia esclareceu que a escolha definitiva pode ocorrer até o fim do mandato.
As recomendações de três candidatos devem ser enviadas por consultoria de headhunters e devem incluir o nome do atual presidente.
A substituição de Bartolomeo vem sendo defendida pelo governo e conta com o apoio de dois conselheiros indicados pela Previ, Daniel Stieler e João Luiz Fukunaga, e pelo indicado pelo Bradesco, Fernando Jorge Buso Gomes.
Além deles, a Folha informou que votaram contra a recondução do atual comandante o representante dos trabalhadores, André Viana, e os conselheiros independentes Marcelo Gasparino e Rachel de Oliveira Maia.