Um ofício emitido pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, que se reuniu no último dia 9, vem sendo entregue aos órgãos federais e estaduais do setor. Acompanham o ofício cerca de 2 mil nomes num abaixo-assinado que pede providências emergenciais. O número de assinaturas só não foi maior porque a prefeitura não conseguiu ir a todos os 8 mil produtores.
No documento, os produtores pedem mudanças nas normas de cobertura do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). Hoje, o seguro não cobre chuvas excessivas na fase da colheita. Eles também solicitam o repasse de um salário mínimo, por seis meses, como auxílio emergencial para cobrir os prejuízos do feijão das águas, além de doações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O chefe do Núcleo Regional da Seab, em Guarapuava, Licius Pollatti Schühli, afirma que já encaminhou o ofício à Secretaria, em Curitiba. "Sabemos das perdas e estamos preocupados", disse. O Conselho Rural espera respostas também do Ministério de Desenvolvimento Agrário e da Casa Civil.
Para manter os agricultores familiares no campo, a Secretaria Municipal de Agricultura e o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) buscam culturas alternativas ao feijão e ao milho, que são os carros-chefes da agricultura no município. Na fruticultura, despontam o morango e a uva. Ainda em fase inicial, o morango já é plantado por 44 produtores, que têm uma média de 6 mil mudas. A uva tem nove produtores adeptos. (MGS)