Cerca de 65% dos operários que trabalham na construção da Usina Hidrelétrica de Colíder, no norte de Mato Grosso, estão sendo demitidos. A rescisão de 1.370 contratos por parte do consórcio que constrói a usina (CR Almeida e J. Malucelli) ocorre depois que trabalhadores incendiaram veículos e instalações do canteiro de obras, na noite de segunda-feira da semana passada, durante o Carnaval. Segundo a Copel, proprietária da usina, as demissões não são represália aos atos de vandalismo. A empresa diz que, como os alojamentos foram destruídos, não há como acomodar os trabalhadores. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada e Afins do Estado de Mato Grosso (Sintecomp), dos 2.100 operários, somente os que moram na região, a cerca de 700 km de Cuiabá, serão mantidos.
A Copel informou que os trabalhadores devem ser recontratados quando as instalações depredadas forem reconstruídas -o que, segundo o sindicato dos operários, deve levar cinco meses. Já foram rescindidos 697 contratos. Outros 673 rescisões estão em andamento e devem ser concluídas até o fim desta semana.
O Incêndio
Trabalhadores atearam fogo em 16 ônibus, um alojamento e um refeitório. Eles também explodiram um caixa eletrônico contendo cerca de R$ 500 mil. Durante a ação, os operários renderam vigilantes e usaram dinamite do canteiro de obras para explodir o caixa eletrônico.
A Polícia Civil de Nova Canaã do Norte abriu inquérito para averiguar quem participou da depredação. Três pessoas foram presas em flagrante sob suspeita de envolvimento no roubo ao caixa eletrônico. Segundo o advogado do Sintecomp, David da Silva Belido, cerca de 30 operários praticaram os atos de vandalismo. "Não sabemos o motivo. Não foi greve, não teve reivindicação", diz.
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