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Construção de usinas terá regras ambientais

Representantes do ramo energético elogiaram, ontem, a criação do Protocolo de Avaliação de Sustentabilidade Hidrelétrica, documento elaborado para ajudar países que não tenham regras claras na construção de usinas hidrelétricas. O lançamento ocorreu durante o Congresso Mundial da Associação Inter­nacional de Hidreletri­cidade (IHA, na sigla em inglês), em Foz do Iguaçu.

Entidades avaliaram o documento como uma opção para aliar desenvolvimento econômico e proteção ao meio ambiente. "Pela primeira vez, as questões de governança, transparência, integridade e responsabilidade foram abordadas por um protocolo. Isso deve facilitar significativamente a sustentabilidade em etapas do projeto de uma usina", afirmou o conselheiro sênior da Transparência Internacional, Donald O'Leary.

O protocolo pode ser utilizado durante todas as fases de desenvolvimento do projeto de energia hidrelétrica e foi projetado para ser uma ferramenta que avalie a sustentabilidade de projetos hidrelétricos em todo o mundo. "Quem está planejando a construção de uma usina agora ganha um mecanismo de autoavaliação. É uma ferramenta que pode ser aplicada para que os projetos se tornem mais sustentáveis e chamem a atenção de investidores", analisou David Harrison, conselheiro sênior de Água Doce do The Nature Conservancy.

O IHA também anunciou os oito primeiros parceiros do protocolo – incluindo a Itaipu Binacional –, que terão o papel de promover a melhora contínua do desempenho das hidrelétricas sob o viés da sustentabilidade. "Saúdo calorosamente esses nossos parceiros, que demonstraram visão e liderança em dar os primeiros passos para a implementação desta ferramenta", ressaltou o presidente da IHA, Refaat Abdel-Malek.

O diretor do Ministério de Desenvolvimento da Energia e da Água da Zâmbia, Israel Phirl, ressaltou a importância de ter métodos de avaliação da sustentabildade dos projetos. "Temos, em meu país, um enorme potencial hidrelétrico e precisávamos aprimorar as nossas diretrizes do setor. Criamos na Zâmbia nosso próprio protocolo, que agrupa requisitos das instituições financeiras que investem em usinas. Como temos nossas próprias diretrizes, estamos sendo procurados por investidores que sabem que nossos projetos atendem às necessidades ambientais", salientou. "Temos especial interesse no desenvolvimento sustentável e sabemos que os parceiros agora têm protocolos de sustentabilidade. Isso facilita os empréstimos e financiamentos de usinas hidrelétricas", destacou Funika Domo, do Banco Mundial de Desenvol­vimento.

O repórter viajou a convite da Itaipu Binacional.

Copel entra como sócia em eólicas no Nordeste

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) anunciou ontem a aquisição de 49,9% da participação acionária de quatro parques eólicos no Rio Grande do Norte, pertencentes à empresa Dreen Brasil Investimentos e Participação S/A, do grupo Galvão Energia. A estatal não divulgou o valor do negócio.

A participação nos parques Farol, Olho d'Água, São Bento do Norte e Boa Vista vai adicionar 94 megawatts (MW) ao portfólio de geração eólica da companhia paranaense, até então limitado a 2,5 MW.

Os parques eólicos estão em fase de implantação e vão fornecer energia negociada no 2.º Leilão de Fontes Alternativas, realizado em agosto de 2010. A concretização do negócio ainda depende de aprovação pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Essa é a segunda investida da Copel na geração de energia elétrica usando o vento. A empresa é proprietária do parque eólico de Palmas (Sudoeste do estado), o primeiro a entrar em operação no Sul do país, em 1999. Segundo o Atlas do Potencial Eólico do Paraná, se o estado aproveitasse tudo o que os ventos lhe oferecem, poderia instalar 3.375 MW em parques eólicos.

Da Redação

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