O setor de construção civil liderou o crescimento do emprego assalariado em Curitiba entre 2008 e 2011, com uma expansão de 2% no período, mostram dados do Cadastro Central de Empresas (Cempre), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta sexta-feira (24). No mesmo período, a quantidade total de empregados município passou de cerca de 762 mil para quase para 876 mil.
Em 2011, a capital paranaense abrigava cerca 54 mil trabalhadores no ramo da construção, o que representava 6,2% de todos os trabalhadores do município e aproximadamente 22 mil empregados a mais do que o registrado três anos antes, quando o percentual era de 4,2%.
Apesar do crescimento em destaque das atividades de construção em Curitiba, em 2011 o setor que absorvia a maior parte dos empregados assalariados da cidade era o de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, com 17,8% dos empregados. Educação ocupava o segundo lugar no ranking, com 12,5% dos assalariados curitibanos, seguido das atividades administrativas e serviços complementares; e indústrias de transformação cada uma com uma participação relativa de 11,3%. Os empregos em administração pública, defesa e seguridade social correspondiam a 11,2% do total.
Ainda que educação fosse um dos setores com mais quantidade de empregados em 2011, o setor apresentou a maior queda na participação de trabalhadores dentre as atividades em relação aos três anos anteriores na capital, com uma retração de -1,8%. Administração pública, defesa e seguridade social aparece em segundo lugar, com um decréscimo de 0,9% na participação.
Salário médio cresce 9,8% em três anos
Entre 2008 e 2011, o salário médio real em Curitiba teve um aumento de 9,8%. O crescimento ficou acima da média nacional, que teve um acúmulo no mesmo período de 5,7%. Há dois anos, o salário médio mensal da capital paranaense era de 4,1 salários mínimos, também maior do que a média nacional que, na época, era de 3,3 salários mínimos.
Segundo o Cempre, em 2011 o Brasil possuía 5,1 milhões de empresas e outras organizações formais ativas, que ocuparam 52,2 milhões de pessoas. Do total de unidades empresas, 428.128 delas o que equivalia a 7,7% estavam instaladas no Paraná, que, na época, possuía cerca 3,38 milhões de trabalhadores, com um salário médio mensal de 3 salários mínimos.