As empresas construtoras da Usina Hidrelétrica Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, darão preferência à contratação de moradores da região e, em segundo plano, de famílias inteiras para trabalhar nas obras. Dessa forma, as empresas pretendem evitar a alta rotatividade ou a instabilidade emocional dos trabalhadores, como ocorreu recentemente no canteiro de obras da Usina Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia.
Segundo o diretor da empreiteira Andrade Gutierrez e do consórcio construtor da usina, Henrique di Lello, neste setor, é comum haver grande rotatividade de funcionários, daí a preferência por trabalhadores da região. No caso de pessoas que vêm de outras regiões, a tendência é contratar famílias inteiras, para evitar problemas de natureza psíquica nos trabalhadores migrantes, disse Di Lello à Agência Brasil.
"Nós sabemos que a distância das famílias pode acarretar depressão ou problemas de fundo psicológico. Por isso, adotamos a estratégia de contratar também as esposas dos trabalhadores vindos de outras regiões. Se for o caso, ofereceremos estágios para os filhos. Assim, diminuiremos o risco de ter funcionários deprimidos por estar longe da família, argumenta afirmou o diretor do consórcio. Segundo ele, 13% dos contratados até o momento são mulheres.
A previsão inicial era que a obra civil da usina custaria R$ 19 bilhões, mas o custo estimado previsto no contrato já baixou para R$ 13,8 bilhões. "Há ainda a possibilidade de, na melhor das hipóteses, baixarmos em até 3% esse valor. Mas é uma possibilidade remota, que depende de diversos fatores para se tornar realidade."
De acordo com di Lello, a previsão é de gastos de R$ 3,3 bilhões apenas com as condicionantes e com os programas previstos de contrapartida. Atualmente, há 300 funcionários trabalhando em Altamira, no Pará. A absoluta maioria ainda está atuando apenas na identificação e preparação dos locais onde a infraestrutura da obra será montada.
Os construtores esperam que, entre 15 de maio e 1º de junho, a obra entre em ritmo mais acelerado, após a melhoria dos acessos para a região e a obtenção da licença definitiva de instalação, que é emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). "Estamos aguardando a conclusão dos trabalhos do Ibama para cumprir o cronograma da obra."
Di Lello mostrou-se otimista com a nova diretoria do Ibama, por acreditar que dará mais celeridade à documentação, e também estar otimista com a indicação de um novo presidente para a Vale. "Avançamos muito nas negociações, e eu diria que, atualmente, a probabilidade de a Vale se tornar nossa parceira é de 95%", concluiu.
Defesa de Bolsonaro pede anulação da delação de Mauro Cid e julgamento no plenário
Mauro Cid reforça que não foi coagido em delação e pede absolvição ao STF
Em busca da popularidade perdida, governo anuncia alíquota zero de importação para baratear alimentos
Resultado da Petrobras justifica preocupação
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast