Representantes de entidades de toda a cadeia da construção civil entregam hoje ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante almoço em São Paulo, estudo sobre o impacto no Produto Interno Bruto (PIB) do País caso sejam mantidas as atuais alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de material de construção.
A desoneração do IPI para os produtos termina em 30 de junho, mas o setor tem pleiteado sua manutenção. Mantega participa hoje do almoço de encerramento da Feira Internacional da Indústria da Construção (Feicon).
"Não será uma reunião de trabalho e sim um encontro informal no qual vamos mostrar ao ministro através desse estudo os benefícios que serão gerados a partir da manutenção da isenção", diz Melvin Fox, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat).
De acordo com estudo, realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) a pedido da Abramat se houver ampliação em 24 meses das atuais alíquotas, a partir de 1º de julho, haveria aumento do PIB nacional em 1,34%, a inflação seria reduzida em 0,04%, o déficit habitacional cairia 0,41%, o emprego cresceria 1,27% e a arrecadação, 1,3%.
Ainda pelos cálculos da FGV, os investimentos anuais em construção civil decorrentes da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 2, e do "Minha Casa, Minha Vida" serão de R$ 137 bilhões por ano entre 2011 e 2014. Os investimentos, acrescenta o estudo, resultarão na criação de 2,8 milhões de empregos por ano. O aumento de renda anual esperado é de R$ 124 bilhões, sendo R$ 63 bilhões deles resultantes do programa habitacional do governo federal.
Fox prevê que o faturamento da indústria de material de construção deve crescer aproximadamente 8,5% ao ano, passando dos R$ 96 bilhões registrados no ano passado para R$ 188 bilhões em 2016. A expansão resultará das obras das primeira e segunda etapas do "Minha Casa, Minha Vida", do PAC 2, da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. "Hoje a capacidade utilizada das indústrias está em torno de 85%. Além disso, 75% delas já estão investindo e têm planos de continuar a investir nos próximos 12 meses. Ou seja, o setor está se preparando para atender essa demanda", afirma Fox.
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