A consultoria internacional IDC revisou de 18% para 12,7% sua projeção para o crescimento do mercado brasileiro de computadores pessoais em 2008. Além disso, calcula que o número de equipamentos comercializados no ano que vem será muito próximo do esperado para este ano, de aproximadamente 12 milhões de unidades.
A avaliação da IDC consta do estudo "Brazil Quartely PC Tracker", que detectou uma desaceleração no varejo após ouvir usuários domésticos e corporativos de PCs. "Até setembro deste ano, as vendas de PCs no Brasil totalizaram 9,2 milhões de unidades, entre notebooks e desktops, um crescimento de 12%", informou o analista de PCs e impressoras da IDC, Luciano Crippa.
Segundo ele, contribuíram para esse resultado o preço acessível dos produtos, o alto índice de confiança do consumidor, o dólar baixo no começo do ano e o nível de desemprego reduzido. O terceiro trimestre, que ainda não havia sido afetado pela crise financeira global, foi o melhor do ano. "Foram vendidas 3,3 milhões de unidades, o que representa um crescimento de 6% em relação ao trimestre anterior e 25% se comparado ao mesmo período de 2007", explicou o analista.
Sobre 2009, embora não indique crescimento nas vendas, a IDC pontua que os resultados serão "tão bons quanto os de 2008". Na avaliação da empresa, o desktop continuará responsável pela maior parte das vendas e a taxa de expansão dos notebooks será menor do que o previsto. "O efeito mais forte da crise concentra-se no primeiro semestre, mas a partir do segundo semestre espera-se que a economia volte a reagir. Para o ano de 2010, a previsão é otimista, uma vez que esperamos uma recuperação das altas taxas de crescimento", disse o analista da IDC.
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