São Paulo O consumidor comprou mais, mas pagou menos ao longo de 2006. Segundo dados do Painel de Mercado e Consumo 2007, da Associação Paulista de Supermercados (Apas), o valor médio dos itens comercializados nestes pontos-de-venda caiu 3% na comparação com o ano passado. A queda é uma das explicações para o crescimento real do setor ter sido de apenas 2,1%, enquanto em volume o incremento foi de 5,3%. Os dados foram divulgados ontem, na abertura da 23.ª Feira Internacional de Negócios em Supermercados, em São Paulo, e levam em conta as 157 categorias de produtos mais importantes do setor.
Em termos globais, considerando todos os produtos vendidos, os supermercados e lojas de auto-serviço faturaram R$ 124,1 bilhões no último ano, o que representa um crescimento real de 0,57% na comparação com 2005.
Segundo o presidente da Apas, João Sanzovo Neto, a queda pode ter sido causada por uma diminuição dos preços de algumas marcas ou pelo crescimento de vendas de outras mais baratas. "As vendas cresceram, mas a concorrência cresceu muito mais. Um número maior de supermercados está disputando os mesmos consumidores, o que resultou numa drástica redução das margens", diz.
De acordo com os dados do painel, há 10 anos cada loja do setor atendia a 3.335 habitantes. No ano passado, o número caiu para 2.534 brasileiros. O número de lojas passou de 73.051 em 2005, para 73.695 ano passado. "A área de atuação de cada loja diminuiu sensivelmente. Se um supermercado não for eficaz operacionalmente, vai ficar pra trás", diz o vice-presidente de comunicação da Apas, Martinho Paiva Moreira.
Desenvolvida em parceria com os institutos ACNielsen e Latin Panel, a pesquisa mostra ainda que, neste cenário de forte concorrência, o melhor desempenho está entre as lojas de menor porte. Aquelas com até quatro caixas tiveram um aumento real de 3,9% no faturamento em relação ao ano passado, enquanto o número de unidades cresceu 0,7%. As lojas com mais de 50 caixas foram as que tiveram pior desempenho: queda de 3,2% no faturamento (e aumento de 2,2% em unidades). Entre aquelas com 20 e 49 caixas a queda foi de 0,8% (e crescimento de 2% em lojas).
Os mercados de menor porte são também os que têm melhores índices de produtividade no que diz respeito às vendas por caixa, área de vendas e funcionários. "Os consumidores estão preferindo lojas de vizinhança, de menor porte e que permitem compras mais objetivas e rápidas", diz o presidente da Apas.
A pesquisa da Apas mostra ainda que os supermercados voltaram a conquistar a preferência do consumidor em 2006, depois de ter perdido espaço para outros canais de compra (como drogarias e venda porta a porta, por exemplo). Em praticamente todos os segmentos de produto, a pesquisa mostra um aumento no porcentual de pessoas que compra exclusivamente em supermercados.
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