Por conta da expansão do crédito, principalmente em função dos empréstimos consignados, a inadimplência que havia se acomodado em 2003 e 2004 voltou a crescer. Em 2005, o índice de devedores aumentou 13,5% sobre o ano anterior, de acordo com dados do Indicador Serasa de Inadimplência Pessoa Física, que contempla os registros de cheques devolvidos, títulos protestados, dívidas vencidas com instituições financeiras e cartões de crédito e financeiras. As expectativas para 2006 não são favoráveis no que se refere ao pagamento de dívidas das pessoas físicas.
No primeiro mês do ano, segundo pesquisa do Serasa, a inadimplência aumentou 13,3%, quando comparada a janeiro de 2005. O presidente do banco HSBC, Emilson Alonso, informa que a inadimplência das pessoas físicas se acentuou mais no segundo semestre de 2005, tendo atingido a casa de 9,3% na instituição.
De acordo com o indicador Serasa, em 2005, as dívidas com cartões de crédito e financeiras tiveram o maior peso na inadimplência de pessoa física, com participação de 34,4%. O segundo maior índice na representatividade da inadimplência de pessoa física foram os cheques sem fundos com 33% de participação. Em terceiro lugar ficaram as dívidas com bancos e financeiras, que tiveram peso de 29,9% na inadimplência dos consumidores.
No ano passado o valor médio dos cheques devolvidos das pessoas físicas foi de R$ 534,11. Este ano o valor já cresceu, passando para R$ 550,54. Já o valor médio de títulos protestados, que em 2005 foi de R$ 756,76, iniciou o primeiro mês deste ano em R$ 797,67 enquanto que os registros de dívidas com o sistema financeiro tiveram um valor médio de R$ 1.036,11 contra R$ 1.117,60 deste ano. O valor médio das dívidas com cartões de crédito e financeiras subiu de R$ 266,41 para R$ 299,23.