Uma sondagem da Confe­de­ra­ção Nacional da Indústria (CNI) feita com 2.002 pessoas em todo o país mostrou que o consumidor brasileiro ficou menos confiante nas condições da economia do país entre maio e ju­­nho. O chamado Índice Na­­cio­nal de Expectativas do Consu­midor (Inec) teve uma leitura de 111,8 pontos neste mês, ante 112,1 em maio e 117,4 em ju­­nho do ano passado. Segundo a CNI, trata-se da menor pontuação desde junho de 2009.

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Para calcular esse índice, os pesquisadores da confederação entrevistam os consumidores a respeito de suas expectativas para a inflação, o desemprego, a renda pessoal, a situação financeira e o seu nível de endividamento, além de seus planos para comprar bens de alto valor. A pesquisa deste mês (feita entre os dias 16 e 20) mostra que houve uma piora nas expectativas dos consumidores, principalmente quanto ao desemprego, nível de renda e situação financeira.

Uma pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgada na segunda-feira apontou resultados distintos da CNI. O chamado Índice de Confiança do Consumidor, calculado pela FGV, aumentou de 115,4 pontos para 118 pontos entre maio e junho. O índice ainda está abaixo da pontuação verificada no mesmo mês (119,3 pontos) em 2010. Essa pesquisa é feita junto a 2 mil domicílios, distribuídos por sete capitais. As respostas foram coletadas entre os dias 1.º e 20 deste mês. Os trabalhadores escolhidos são entrevistados a respeito de sua situação atual financeira e de suas expectativas para os próximos meses.

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Indústria

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 2,5% em junho ante maio, ao passar para 107,1 pontos, considerando-se os dados com ajuste sazonal, informou ontem a FGV. Com a sexta queda neste ano, o índice atingiu o menor nível desde outubro de 2009, embora se mantenha acima da média de 104 pontos desde 2003.

A queda foi influenciada principalmente pela piora das avaliações em relação ao momento presente. O Índice da Situação Atual (ISA) caiu 3,5%. Já o Índice de Expectativas (IE) teve redução de 1,7%. A proporção de empresas que consideram a situação dos negócios como "boa" passou de 32,2% para 26,5%, enquanto a parcela das que a avaliam como "fraca" subiu de 10,4% para 12,7%.

As perspectivas para o emprego industrial tornaram-se menos favoráveis. O indicador que mede o ímpeto de contratações recuou 3,1%. Das 1.146 empresas consultadas, 30,2% pretendem ampliar o quadro de pessoal no trimestre junho-agosto e 11,3%, reduzir. Em maio, esses percentuais haviam sido de 32,8% e 10,1%, respectivamente. O nível de utilização da capacidade instalada ficou praticamente estável en­­tre maio (84,4%) e junho (84,3%).