A mediana da inflação esperada pelos consumidores nos próximos 12 meses atingiu 7,2% em maio, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), que lançou, nesta sexta-feira, 6, o Indicador de Expectativas Inflacionárias dos Consumidores. O resultado representa uma desaceleração em relação a abril, quando as famílias apontavam uma alta de 7,5% nos preços.
Em abril, o resultado havia sido o maior desde novembro de 2005, quando os consumidores disseram esperar inflação de 7,8% nos 12 meses à frente. Agora, o patamar registrado em maio de 2014 se igualou ao observado em março deste ano (7,2%).
Na comparação com as expectativas dos especialistas ouvidos pelo Banco Central (BC) no Boletim Focus em maio (6,0%), a percepção dos consumidores mostra preços mais pressionados. Mas, segundo a FGV, as famílias preveem níveis de inflação "sistematicamente mais elevados".
O Indicador de Expectativas Inflacionárias dos Consumidores é obtido com base em informações coletadas no âmbito da Sondagem do Consumidor. Produzidos desde setembro de 2005, os dados vinham sendo divulgados de forma acessória às análises sobre a evolução da confiança do consumidor.
"As expectativas de inflação são informações de grande relevância para o entendimento do processo inflacionário, podendo ser utilizadas como suporte para a tomada de decisão no âmbito privado e na calibragem da política econômica de curto prazo", frisou a FGV, em nota.