Brasília (Folhapress) A elevação do spread bancário diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa efetiva cobrada dos clientes elevou a taxa de juros paga pelo consumidor em janeiro. Entre dezembro e janeiro, o spread das instituições financeiras cobrado das pessoas físicas passou de 42,8 pontos porcentuais para 43,6 pontos em janeiro. Já o spread das pessoas jurídicas passou de 14 pontos porcentuais para 14,5 pontos. A taxa média passou de 28,8 pontos para 29,6 pontos.
Com spread maior, as taxas subiram. A taxa média das operações subiu 0,2 ponto porcentual, para 46,1% ao ano em janeiro. No caso das pessoas físicas, ela passou de 59,3% ao ano para 59,7% ao ano. A da pessoa jurídica ficou em 31,3% em janeiro.
Entre as modalidades disponíveis para a pessoa física, o maior aumento ocorreu no crédito pessoal, com um aumento de 1,6 ponto porcentual, para 68,9% ao ano. Dentro dessa modalidade está o crédito consignado desconto em folha de pagamento, que subiu de 36,4% ao ano em dezembro para 37,3% ao ano em janeiro.
Segundo Altamir Lopes, chefe do Departamento Econômico do BC, esse aumento ocorreu porque a pesquisa do crédito consignado é feita com apenas 13 instituições financeiras e uma delas, que atuou de forma mais agressiva em janeiro, cobra taxas mais elevadas, o que elevou a média.
Já a taxa do cheque especial passou de 147,5% para 147,8% ao ano em janeiro. No caso da taxa cobrada para a aquisição de bens (exceto veículos), ela caiu 6,6 pontos porcentuais, para 58,6% ao ano, após ter disparado em dezembro. O custo das operações para a compra de veículo subiu 0,5 ponto porcentual, para 35,3% ao ano.