A inadimplência no comércio caiu 22,67% no mês de junho em comparação com o mês de maio, segundo dados divulgados nesta terça-feira (14) pela Confederação Nacional de Diretores Lojistas (CNDL). Para a entidade, isso se deve, principalmente, aos ganhos reais de renda dos trabalhadores e também queda nas taxas de juros.
De acordo com o presidente da CNDL, Roque Pelizzaro Junior, disse que outro fator foi a preocupação em quitar as dívidas, agora, para as compras do segundo semestre, como o Natal.
O principal é que o brasileiro está preocupado com o seu crédito e sentiu a necessidade de manutenção dele, em especial para as compras do segundo semestre, avaliou.
Também influenciou nessa queda um maior cuidado na hora de oferecer crédito aos clientes. Tivemos uma rigidez maior na hora de oferecer crédito a partir da crise financeira, o que implica, se retroagir para o fim do ano passado, índices melhores de inadimplência e recuperação de crédito por uma austeridade maior imprimida pelos agentes de financiamento, afirmou.
No acumulado do ano, a inadimplência no comércio teve queda de 6,11% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Dos que estão inadimplentes com o comércio, a maioria são as mulheres (56,35%) e, por faixa etária, a maioria dos devedores tem entre 30 e 39 anos (27%).
Pelizzaro disse que esses dois grupos devem mais por serem mais impulsivos. As mulheres e os mais jovens têm uma impulsividade maior na compra e isso causa, no curto prazo, um desarranjo na parte financeira. Os mais novos têm um somatório que é a instabilidade na renda, explicou.
Houve, ainda, um aumento de mais de 18%, em junho, no número de cancelamentos de registros no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) em comparação com o mês de maio. Isso significa dizer que mais pessoas conseguiram pagar suas dívidas e tiveram o nome retirado do SPC.
Assim como as mulheres são as mais inadimplentes, elas também são as que mais pagam suas dívidas com o comércio. Elas foram as responsáveis por 56,10% dos cancelamentos no SPC. O mesmo se repete na faixa etária entre 30 e 39 anos (27,84%). No acumulado do ano, os cancelamentos de registros no SPC somam 3 02%.
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