Por não ter familiares na cidade, o comerciante Mohamad Ahmad Salim precisou se hospedar num hotel quando perdeu a casa num incêndio. Ele ficou no hotel Presidente, no centro de Curitiba, até semana passada quando, segundo ele, foi impedido de entrar no estabelecimento por dever cerca de R$ 2,2 mil em diárias atrasadas.
Além de deixá-lo na rua, o estabelecimento teria confiscado sua bagagem, onde estavam suas roupas e inclusive remédios que ele precisa tomar diariamente. Salim diz sofrer de depressão, ansiedade e problemas do coração. "Estou só com duas mudas de roupa e uma calça que estou usando há uma semana. Na primeira noite tive que ficar na rua", lamenta.
O advogado de Salim, Solon Humberto Saran, entrou com uma ação no Juizado Especial Cível de Pequenas Causas para que o hotel o hospede novamente visto que ele tem uma grande soma de dinheiro para receber e libere sua bagagem. Até agora, Salim conseguiu recuperar a medicação e, por enquanto, está hospedado em outro hotel.
O advogado do hotel Presidente, Adriano Bittencourt, nega que o estabelecimento tenha impedido Salim de entrar e diz que toda a bagagem foi devolvida para o comerciante. "O que aconteceu é que ele estava indo embora sem pagar a conta de 47 diárias, o que é crime", explica. Bittencourt lembra que o artigo 176 do Código Penal proíbe que uma pessoa se hospede em hotel sem ter dinheiro. "Ele sabia que não tinha dinheiro, mas agora vai na imprensa para poder se defender depois no processo", afirma Bittencourt. (MS)
Agro americano diz que Brasil é quem ganha na “guerra” de Trump contra a China
Como será o julgamento que decide se Bolsonaro vira réu por tentativa de golpe
Suplicy quer espaço público para uso de crack; abordagem fracassou no Canadá, nos EUA e em Portugal
Ameaça russa: Polônia quer exército com 500 mil militares e torna obrigatórias aulas de tiro para crianças