A Fifa está otimista de que a Copa do Mundo não terá casos de doping e espera que nenhum jogador tenha resultado positivo durante a competição, disse neste domingo o professor Jiri Dvorak, diretor médico da Fifa. Segundo ele, as autoridades do departamento de controle de doping da Fifa conduziram testes-surpresa em 24 amistosos antes da Copa, além de testes aleatórios durante os treinos das 32 seleções participantes antes do torneio.
Dvorak disse que não houve resultados positivos entre as 216 amostras de urinas analisadas até agora. "Estou otimista de que não teremos resultados positivos durante a Copa do Mundo", disse a repórteres. "Os resultados recentes foram bastante animadores e acredito que isso destaca que não há nenhum problema significativo de doping no futebol", acrescentou.
A Fifa também disse que, além de seus próprios testes, a Associação Olímpica Suíça também realizou testes-surpresa em 14 jogadores da seleção suíça e não obteve nenhum resultado positivo. A Fifa também conduziu 20% a mais de testes de doping do que antes da Copa do Mundo de 2002. "Não há motivo para acreditar que, se testamos mais jogadores de cada equipe ou se conduzimos mais testes fora de competições de futebol, nós descobriríamos testes positivos", declarou Dvorak. "A Fifa irá, portanto, continuar sua estratégia antidoping realizando testes".
A Fifa está trabalhando em colaboração com a agência antidoping alemã (NADA) durante a Copa do Mundo. Dvorak acrescentou que, sob o controle da Fifa, foram realizados 20.750 testes em jogadores em 2004, com 88 casos positivos em todo o mundo. Desses, apenas 13 eram casos de uso de esteróides.
Em 2005, 23.842 testes foram realizados ao redor do mundo, com 78 resultados positivos. Foram encontrados nove casos de abuso de esteróides. O professor Wilfried Kindermann, diretor médico do comitê organizador do torneio, disse que todos os jogadores passaram por exames do coração antes da Copa do Mundo e que nenhum problema cardiovascular significativo foi descoberto.