Com duas defesas do goleiro Lehmann, a Alemanha bateu a Argentina por 4 a 2, na cobrança de pênaltis e está classificada para a fase semifinal. Os jornais do mundo todo deram ampla cobertura à vitória dos alemães sobre os argentinos.

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"Argentina fue más, pero se quedó afuera en los penales". Assim abriu a página eletrônica do jornal argentino Clarín. O periódico lamentou a derrota da seleção argentina nas quartas-de-final, a dois passos do tão sonhado título. "Pese a que en el horizonte cercano podía esperarse una hipotética y ansiada final con Brasil", anunciava a materia. Para o jornal, a vitória ocorreu num jogo em que se pesou a força da camisa e da torcida alemã. E conclui: "Lamentablemente, el sueño argentino llegó a su fin".

O também argentino La Nación considerou injusta a desclassificação da Argentina, como se a cobrança dos pênaltis fosse uma espécie de loteria que não premia necessariamente a melhor equipe. "Los penales condenaron al equipo de Pekerman que hizo más que su rival para avanzar a la segunda rueda, pero no alcanzó". Mas a matéria do La Nación elogia a equipe portenha pela garra e pela boa campanha na Copa do Mundo. "Demasiados lamentos para un grupo que tenía todo para llegar más lejos. Que luchó hasta donde pudo. Que cayó de pie!", conclui.

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Na Europa, o español El Mundo destacou a vitória da Alemanha nos pênaltis. Segundo o jornal, a Argentina foi vencida por uma equipe que vem crescendo no mundial e que pode barrar o Brasil numa possível decisão. "Alemania no para de crecer. Olvidados ya los traumas premundialistas y las voces críticas, la selección germana se ha convertido de nuevo, como ya lo fuera en 2002, en la principal amenaza al título cantado de Brasil", escreveu.

O também espanhol El Pais lembrou a vitória da Alemanha na final da Copa de 90 na Itália, na batalha de Roma. O jornal também fez menção ao ato de repúdio ao racismo antes do início da partida, justamente no estádio onde Adolf Hitler se recusou a cumprimentar o atleta negro Jesse Owens nas Olimpíadas de Berlim de 1936.

A página eletrônica do jornal italiano Gazzetta considerou que a Alemanha venceu um adversário superior tecnicamente na loteria dos pênaltis e lembrou as finais das Copas do Mundo de 1986 e 1990. Mas o site reconheceu o trabalho do goleiro alemão Lehmann. "Dal dischetto Lehmann, scelto da Klinsmann al posto dell'icona Kahn, ha fatto la differenza".

O português "A Bola" considerou o jogo fraco para aquela considerada uma final antecipada da Copa do Mundo. Para eles a partida só ganhou tempero a partir do segundo tempo: "Mas a etapa complementar trouxe o 'sal', ou seja, golos, logo a abrir". Segundo o periódico, a partida ganhou movimento com o gol porque a Alemanha teve que sair em busca do empate e deu oportunidades para o contra-ataque argentino.