Mais de sete milhões de contribuintes tiveram a declaração do Imposto de Renda retida na malha fina entre 2002 e 2006. Do total de 7.087.300 declarações, 1.140.428 continuam sob análise.

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A Superintendência Regional da Receita Federal no Paraná, no entanto, diz que não é possível fazer um balanço sobre o número de paranaenses na mesma situação.

De acordo com a superintendente regional do programa de IR, Cláudia Regina Thomaz, os números são muito dinâmicos e mudam a cada mês. Em 31 de dezembro de 2006, o número de declarações de paranaenses retidas na malha fina, referentes ao ano-base 2005, era de 34 mil. Em 31 de janeiro, esse número caiu para 29,5 mil.

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Pelas regras, os documentos podem ficar retidos por um prazo de até cinco anos, caso a Receita Federal encontre alguma irregularidade ou tentativa de fraude. No entanto, ter saído da malha fina não significa que a Receita está de acordo com os dados apresentados pelo contribuinte. Entre 2002 e 2006, a Receita aplicou 856.935 autuações em parte dos documentos retidos. O trabalho da fiscalização resultou em uma cobrança de R$ 3,188 bilhões no período (entre impostos devidos, multas e juros)

"Ao contrário do que pensam alguns contribuintes, a declaração só é retida em malha quando há suspeita de irregularidades graves ou tentativas de fraudes", explica o secretário-adjunto da Receita, Paulo Ricardo de Souza Cardoso.

De acordo com o órgão, a parcela de declarações que vai parar na malha fina é, em média, de 7%. O ano que mais teve declarações retidas foi 2005, com 1.350.776 documentos, ou 14,51% do total entregue. Das que caíram na malha fina, 396.144 ainda estão retidas. Em 2002, 900.493 de contribuintes pararam na malha fina. Quase todos já tiveram seus documentos liberados (99%).

O prazo para entrega da declaração deste ano termina em 30 de abril.