Plano alternativo não atrai usuários
As operadoras tiveram prazo até 31 de julho deste ano para modificar o sistema de cobrança de ligações locais do telefone fixo. O que antes era tarifado por pulsos agora é cobrado por minuto. Desenvolvido pela Anatel, o mecanismo tem por objetivo tornar a tarifação mais transparente e permitir ao consumidor a adoção de um plano mais adequado ao seu perfil de uso, com a opção de solicitar o detalhamento das chamadas.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) autorizou ontem o reajuste do minuto para ligações entre telefones fixos. O preço da assinatura básica dos planos já havia sido elevado em julho pelos mesmos índices de reajuste, mas a Anatel solicitou às operadoras que deixassem o aumento do minuto adicional para outubro, para que o consumidor pudesse se inteirar sobre a mudança do modelo de pulsos para minutos, realizada em julho.
As concessionárias que operam no Paraná informaram que o reajuste passou a valer ontem mesmo. A Brasil Telecom, que opera em praticamente todas as cidades do estado, já havia aplicado o reajuste de 2,1385% e elevado o preço da assinatura básica em julho, para R$ 40,37 (residencial) e R$ 60,28 (não-residencial).
Agora, a operadora aumentou o preço do minuto excedente (usado além dos minutos da franquia de 200 minutos do plano básico e dos 400 minutos do plano alternativo), para R$ 0,10788 e R$ 0,40057, respectivamente.
A Sercomtel, que opera nas regiões de Londrina e Tamarana (norte do estado), elevou o minuto em 2,2054%. O preço da assinatura básica havia aumentado em 12 de agosto, para R$ 40,05 (residencial) e R$ 66,50 (demais).
Outros aumentos foram de 1,8321% (Telemar), 2,2054% (Telefônica) e 2,1692% (CTBC Telecom). A Embratel foi a única a ter reajuste negativo para o minuto excedente, de -1,4%.
As chamadas de longa distância (nacionais e internacionais) já haviam sido reajustadas em julho em, no máximo, 8,06%.
O preço do crédito do telefone público também foi reajustado, em 2,16%. Falar em orelhão passou a custar R$ 0,1185 o minuto em todo o país.
Os reajustes diferem entre as operadoras porque, desde o ano passado, é usado o Índice de Serviço de Telecomunicações (IST), formado por um misto de indicadores, que variou 2,91% entre maio de 2006 e maio de 2007. A ele é acrescido o "fator x", relacionado à produtividade da empresa.
"Não foi um aumento alarmante, está abaixo da inflação. É interessante notar que isso já havia ocorrido no ano passado, quando o reajuste foi negativo (0,45%)", diz o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Sandro Silva.
Os reajustes são inferiores aos principais índices de inflação. O IPCA variou no período 3,18%, o INPC, 3,57% e o IGP-DI, adotado nos contratos de concessão até 2005, 4,38%.
Como funciona
Pelo novo sistema de chamadas entre telefones fixos, a medição do tempo é feita de duas formas. No horário normal (6 h às 24 h nos dias úteis e 6 h às 14 h aos sábados), a tarifação incide sobre décimos de minuto, ou seja, é cobrado a cada "pacote" de seis segundos.
No demais horários, é aplicado o Valor por Chamada Atendida, que equivale a dois minutos locais, independente da duração.
A tarifação começa após três segundos de duração da chamada. Nas chamadas recebidas a cobrar de telefones fixos, a cobrança começa após seis segundos do fim da gravação que informa quem está ligando.
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