O amarelo e azul do uniforme sueco não enganam a estudante brasileira Ingrid Hauer, de 20 anos; embora em terras vikings, Ingrid é seleção brasileira de carteirinha. A estudante foi à Suécia para conhecer a família e aprender a língua. Há três meses, no país, Ingrid pretende ficar mais um ano na pequena aldeia de Rondvik onde fará faculdade de arte. Analisando a empolgação à maneira européia do país escandinavo, Ingrid pretende mostrar aos suecos como torcer em um mundial. E a nós ela deixa seu relato. Fala aí Ingrid:
"É a primeira vez que passo uma Copa longe de casa e compartilho esta emoção junto ao adversário. É meio estranho passar o mundial sem aquele calor e animação que encontramos pelas ruas do Brasil.
Mas nestes tempos o mundo todo fala futebol e aqui na Suécia isso não seria diferente. Estão todos bem animados de uma maneira européia, sem muita euforia, mas com bastantes expectativas. Já podemos ver nas ruas as pessoas comprando a camisa da seleção, bandeiras e cornetas. Em alguns Pubs passarão os jogos em um telão. Existem vários tipos de propagandas anunciando a Copa, e uma boa parte dos comerciais usam o campeonato como tema. Em um deles aparece um menino brasileiro todo eufórico falando que vai ficar muito feliz se o Brasil ganhar e simula como vai comemorar os gols. No fim aparece: Germany 2006. Tem uma outra da Nike que mostra o Ronaldinho Gaúcho jogando bola nos tempos de criança e nos dias de hoje [esta é exibida no Brasil]. Todos os jogos vão passar em canal aberto. Os correios distribuíram um calendário dos jogos informando dia, hora e o canal em que passará, assim facilita a vida da torcida. Na TV tem um programa que, aos domingos, passa a história de uma seleção que estará na Copa da Alemanha a trajetória do time pelos anos, os melhores jogos nos mundiais anteriores, uma pequena biografia dos jogadores que marcaram época e entrevista com os técnicos que passaram pela seleção.
Em junho começam as férias de verão. Irei para Estocolmo, onde alguns brasileiros que estão aqui na Escandinávia vão se encontrar para assistir e torcer muito pelo Brasil. Não pretendemos esconder nossa empolgação e nem reprimir nossos gritos quando sair um gol. Vamos mostrar aos vickins como fazer uma boa torcida!"
Leia a matéria anterior: a torcida saltitante na terra dos cangurus
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