A Páscoa deste ano teve um gosto diferente para a professora Greici Yurie. Na semana passada, quando abriu um ovo de chocolate Ferrero Rocher, ela se supreendeu ao encontrar uma larva dentro do produto. Pior é que o bicho estava vivo. "Foi uma sensação ultradesagradável", reclama. A fabricante lamenta o acontecido, responde que o aparecimento de larvas é raríssimo e que provavelmente ocorreu por uma falha na armazenagem da loja que o estocou. Este foi o segundo caso registrado neste ano em ovos da marca no país. No dia 10, uma vendedora achou larvas num ovo em São Paulo.
A consumidora procurou o Procon-PR para reclamar, e lhe informaram que a lei garantia a devolução do dinheiro ou um produto da mesma qualidade. Ela preferiu a primeira opção, mas como não tinha a nota fiscal do ovo de chocolate, por tê-lo ganho em um amigo-secreto, a Ferrero do Brasil ofereceu a ela um kit com outros produtos. Greici aceitou o kit. A consumidora não descobriu onde o chocolate foi comprado.
A fabricante explicou que chocolates à base de avelã e amêndoas estão sujeitos à contaminação por larvas, geralmente de um tipo de borboleta, mas que a unidade industrial brasileira está equipada com as mais modernas técnicas para evitar isso, como câmaras de pressão de ar, cortina de ar e gaiolas com hormônios para repelir os animais. A Vigilância Sanitária de Poços de Caldas (MG), onde está localizada a fábrica, informou que a Ferrero do Brasil segue todos os padrões de qualidade na produção e que nunca foi detectada nenhuma irregularidade.