Falhas de funcionamento em celulares que exijam troca de peças para o conserto tendem a gerar uma espera de pelo menos 20 dias, tempo para verificação do problema, pedido dos componentes e remontagem. A informação é de Silviane Cristo Andrade, administrador da assistência técnica K&S Service, autorizada da Sony Ericsson e de outras grandes marcas de celulares em Curitiba. "Não temos peças aqui, de três anos para cá os fabricantes centralizaram o estoque, temos de pedir peças em São Paulo, e isto aumenta o tempo de todo o processo. Tem fabricante que manda peças duas vezes por semana e outros que demoram 15 dias", diz ele. Em casos de consertos mais complexos, o aparelho é enviado para ser analisado e arrumado pelo próprio fabricante.
Segundo Andrade, em períodos de alta demanda pelo serviço de assistência técnica, como o mês de março (três meses após as fortes vendas de aparelhos na véspera do Natal), dificilmente o cliente recebe o aparelho em menos de 30 dias. "Quando o problema é simples e não exige troca de componentes, o técnico pode fazer o conserto na hora. Caso contrário demora. Esta é uma época em que os estoques de peças de reposição estão muito baixos para demanda existente. Em março de 2006, acumulamos 2,4 mil aparelhos com mais de um mês de demora de conserto por falta de peças nos fabricantes", conta.
A Sony Ericsson, fabricante do celular de Nei Celso Boff, que levou 56 dias para ser consertado e entregue, informa que reparos complexos, de microcomponentes enviados para a fábrica, duram 15 dias corridos e que a média de prazo de compra e entrega de peças na assistência técnica é de cinco dias úteis. Por meio da assessoria de imprensa, o fabricante diz que, para agilizar serviços de reparo, oferece o atendimento direto ao cliente, que pode enviar o aparelho pelos Correios, sem custo, e recebê-lo de volta em casa.
Não são apenas os celulares que testam a paciência dos donos na hora de mandar consertar. Gilnei Dernhrdt, dono da assistência técnica Qualitécnica, autorizada especializada em equipamentos de salão de beleza e eletrodomésticos, diz que também enfrenta problemas de demora quando é necessário o pedido de envio de peças pelos fabricantes. "Não é tão freqüente, mas acontece, principalmente com produtos importados. Quando o importador não tem a peça, certamente demora mais de um mês para chegar." (PK)