O jogo da seleção brasileira contra o Japão vai fazer o transporte coletivo de Curitiba viver uma situação inédita: toda a frota de ônibus vai para as ruas por volta das 15 horas de quinta-feira - uma hora antes do início da partida. Em dias normais, mesmo nos horários de pico, as linhas que atendem a capital circulam com no máximo 90% da capacidade total de atendimento.
De acordo com a Urbs, empresa que gerencia o transporte de Curitiba, as garagens vão ficar vazias para tornar menor a espera nos pontos de ônibus e incentivar quem vai ser dispensado do trabalho mais cedo a deixar o carro em casa. No dia 13, quando o Brasil enfrentou a Croácia, o trânsito na capital superou as expectativas da Urbs, que sincronizou os semáforos com intervalos de horário de pico e aumentou a quantidade de ônibus em 60%. "Esperávamos um trânsito intenso, mas o movimento ficou muito acima do que imaginávamos. Praticamente em toda a região central a fluidez do tráfego ficou comprometida", diz o diretor de trânsito da Urbs, Gilberto Foltran.
O manobrista Wagner dos Santos Castilho, que trabalha em um estacionamento da Rua André de Barros, no Centro, conta que, uma hora antes do jogo, a espera para sair de carro do local passava de 30 minutos. "A rua estava parada e chegaram todos ao mesmo tempo. Na quinta-feira deve acontecer a mesma coisa, só que mais cedo. A maioria dos clientes está comentando que vai sair um pouco mais cedo desta vez", conta.
A orientação do diretor de trânsito é de que os curitibanos aproveitem a colocação de mais de 800 ônibus extras para deixar o carro em casa, ou organizem caronas com os colegas. "Para quem tem condições de evitar o centro da cidade, a dica é escolher rotas alternativas periféricas. O ideal seria que as empresas fizessem a liberação escalonada dos funcionários, mas isso é algo mais complicado", sugere. A própria prefeitura alterou o horário de dispensa dos servidores. No outro jogo, eles saíram às 15 horas. Amanhã, vão trabalhar das 8 às 14 horas, sem intervalo de almoço, para desafogar o trânsito na região do Centro Cívico, onde há diversas repartições públicas municipais e estaduais.
Ao contrário do último domingo, quando o Brasil venceu a Austrália, a Urbs não prevê o fechamento da Avenida do Batel após o jogo para comemorações. "Haverá agentes de trânsito lá, caso seja necessário. Mas, como é dia de semana e muitas pessoas vão estar trabalhando, imagino que a via ficará liberada", prevê Foltran.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas
Deixe sua opinião