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Hamburgo

Vinte e dois recuados são pouco para Itália e Ucrânia

O goleiro e dois zagueiros, mais três volantes, o técnico Marcello Lippi e todos os dirigentes, o presidente e até o Papa estarão a postos nesta sexta, às 16h, no Fifa World Cup Stadium de Hamburgo. Pela frente, uma parede amarela com quatro atrás, mais três na proteção. Resta saber quem levará a bola até o outro lado. A Gazeta do Povo Online acompanha a partida no lance a lance.

Retranqueiras? Que nada. O fato de ucranianos e italianos serem os que menos marcaram gols entre os oito quadrifinalistas é apenas um detalhe. O placar é de 6 a 5 para a Itália, que tem ao seu lado França, Inglaterra e Portugal.

- No ano passado, nós tentamos jogar de uma determinada maneira ofensiva e conseguimos jogar bem algumas vezes. Agora, nós começamos uma nova forma de jogo e ainda não conseguimos repetir as boas atuações. Ouvimos que somos retrógrados e velhos, mas eu acho que estamos entre os melhores - conclui Lippi, que terá de escalar seu terceiro reserva na zaga, Barzagli, já que Nesta está machucado e Materazzi foi expulso contra a Austrália.

Neste Mundial, a Itália só foi vazada por ela mesma. Levou um em quatro jogos, contra os Estados Unidos, quando Zaccardo resolveu jogar contra a própria pátria. Se classificou com um gol de pênalti aos 50 minutos contra a Austrália. Por outro lado, a Ucrânia não levou gols nos últimos três confrontos. A estréia contra a Espanha (4 a 0) foi um apagão.

No jogo em que eliminou a Suíça na disputa de penalidades - disparado o mais chato da Copa do Mundo -, os ucranianos somaram mais algumas faltas cometidas para a atual coleção de 71, só superada pela de Portugal, com 80, dentre todas as 32 seleções. O país estreante em Mundiais lidera no quesito roubo de bola. Foram 76 até agora.

- As pessoas têm dito que temos jogado um futebol modesto, mas eu gosto do futebol que a Ucrânia está apresentando. E nós estamos nas quartas-de-final - diz o técnico Oleg Blokhin, que perdeu seu atacante Voronin para o resto da competição, mas ainda tem Shevchenko.

O atacante, que era do italiano Milan até o início da Copa - foi vendido ao Chelsea -, terá um gostinho especial no duelo. Se vencer, acabará com uma invencibilidade de 22 jogos da Azzurra, a maior desde 1939. Ainda por cima, dará a primeira glória de seu país em cima dos rivais na história, após duas derrotas e um empate. Para isso, entretanto, terá que colocar a bola na rede. Antes, levá-la ao outro lado, ter coragem de passar do meio-campo. Ou então segurar e decidir nos pênaltis. Entre Ucrânia e Itália, o empate é um bom resultado.

ITÁLIA X UCRÂNIA

Local: Fifa World Cup Stadium de Hamburgo (Alemanha)Horário: 16h (de Brasília)Árbitros: Frank de Bleeckere (Bélgica)

ITÁLIABuffon; Zambrotta, Cannavaro, Barzagli e Grosso; Perrotta, Pirlo, Gattuso e Totti; Toni e GilardinoTécnico: Marcello Lippi

UCRÂNIAShovkovskiy; Nesmachniy, Rusol, Sviderskiy e Tymoschuk; Shelayev, Gusev, Rebrov e Kalinichenko; Vorobey e ShevchenkoTécnico: Oleg Blokhin

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