Se a troca do "requeijão" de vidro pelo de plástico faz o consumidor lamentar, a zeladora Maria Macav está entre os que mais choram. Além de ter uma coleção de copos de embalagens dos mais diversos tamanhos e modelos, ela costuma acumular embalagens de requeijão para mandar para a mãe e os sete irmãos em Jaciaba, distrito de Prudentópolis, nos Campos Gerais. "É muita gente e copo é uma coisa que se quebra fácil, esses de embalagem são os que nós mais usamos", diz ela.
Maria adota o copinho de requeijão tanto para tomar café, água, suco e também para guardar escovas de dentes e pequenos objetos. "O plástico não dá para colocar no microondas, nem tem muita graça ficar guardando", reclama. A possível rejeição em relação à reutilização da embalagem plástica é puro preconceito, diz Ângela Mormul, da Huhtamaki. "Ela foi desenvolvida para ser um substituto completo, inclusive na questão da reutilização. Pode ir no microondas e tem a vantagem de servir como contêiner", defende.
Mesmo com o requeijão saindo de cena nas embalagens reaproveitáveis de vidro, ainda é possível colecionar em casa copos de embalagens, mas é preciso se contentar com modelos menores. O creme de chocolate com avelã Nutella é vendido em copos que lembram os de uísque e há também champignons, azeitonas e geléias sendo vendidos em copos pequenos de vidro. Se o gosto pende mesmo para o modelo do requeijão, é possível encontrar similares em lojas populares, a R$ 1,99 cada. (PK)