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Trabalho

Consumo aquecido ajuda a abrir vagas no Paraná

A criação de postos de trabalho no Paraná entre janeiro e junho deste ano teve uma distribuição irregular. De acordo com uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), 4 das 11 regiões do estado tiveram crescimento acima da média no nível de emprego. No primeiro semestre, foram abertos 69 mil vagas no Paraná, volume que elevou em 3,95% o número de pessoas com carteira assinada no estado, na comparação com o mesmo período de 2005.

As regiões com desempenho acima da média foram o norte pioneiro (com avanço de 11,9% e a criação de 7,7 mil vagas), o noroeste (11% e 10 mil vagas), o norte central (5% e 18 mil vagas) e sudoeste (4,3% e 2,8 mil vagas). A comparação é feita com base em dados do Ministério do Trabalho que incorporam apenas os empregos formais. As quatro áreas registraram fortes contratações feitas pela indústria de alimentos. No norte pioneiro e no noroeste, também pesou a expansão no setor agrícola. No sudoeste, a construção civil e o segmento de serviços foram outros setores que se destacaram.

O economista do Dieese Sandro Silva avalia que as regiões com os melhores resultados foram beneficiadas pela expansão do consumo no mercado interno, o que elevou a demanda por mão-de-obra no setor alimentício. Além disso, é comum em algumas áreas a maior contratação de pessoas para o trabalho na agricultura durante os primeiros meses do ano. "Há uma sazonalidade no primeiro semestre, quando surgem empregos temporários no setor agrícola", diz Silva.

De acordo com o economista, o ritmo de criação de empregos no primeiro semestre deste ano foi 6% menor do que no mesmo período de 2005, quando foram abertas 74 mil vagas. A maior parte das regiões do Paraná foi afetada pela combinação de juros ainda elevados e a valorização do real em relação ao dólar – o que dificulta a vida dos exportadores. Na região centro-sul, que engloba Guarapuava e Palmas, o número de pessoas empregadas cresceu apenas 0,8% no semestre, o pior resultado do estado. "Ali houve demissões em diversas áreas, como na indústria madeireira e na agricultura", ressalta Silva.

Na região metropolitana de Curitiba (RMC), o nível de emprego teve alta de 2,8%, com a criação de 20,9 mil empregos formais, com peso maior para as áreas que atendem o mercado interno. O maior número de vagas, cerca de 12 mil, está no setor de serviços, com destaque para o grupo de serviços técnicos e de administração de imóveis (4,7 mil contratações) e de hotelaria, alimentação e manutenção (3,4 mil postos). O comércio também apresentou dinamismo, com 3,1 mil contratações. As empresas de construção civil abriram 2,2 mil vagas.

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