O consumo das famílias, segundo o IBGE, registrou alta de 2,5% no quarto trimestre de 2010 ante o terceiro trimestre do mesmo ano. Já na comparação com o quarto trimestre de 2009, o consumo das famílias aumentou 7,5% nos últimos três meses do ano passado fechando 2010 com expansão de 7%.
De acordo com o IBGE, que divulgou nesta quinta-feira os dados das Contas Nacionais Trimestrais, o consumo do governo teve queda 0,3% no quarto trimestre de 2010 ante o terceiro trimestre do ano passado e cresceu 1,2% ante o quarto trimestre de 2009. No acumulado de todo o ano de 2010, o consumo do governo teve uma expansão de 3,3%.Investimentos
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) subiu 0,7% no quarto trimestre de 2010 ante o terceiro trimestre do ano passado. Na comparação com o quarto trimestre de 2009, a FBCF subiu 12,3% no quarto trimestre do ano passado. Com o resultado anunciado hoje pelo IBGE, a FBCF - que corresponde aos investimentos - acumulou expansão de 21,8% em 2010 ante 2009.
Segundo o instituto, a taxa de investimento (relação entre FBCF e PIB) no quarto trimestre de 2010 foi de 18%. No terceiro trimestre do ano passado, a taxa de investimento tinha sido de 19,4%. Em 2010, a taxa de investimento foi de 18,4%.
Consumo responde por 60,6% do PIB A alta de 7,5% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2010 ante 2009 foi norteada pelo avanço no consumo das famílias, segundo o coordenador de Contas Nacionais do IBGE, Roberto Luis Olinto Ramos. O especialista lembrou que o consumo das famílias cresceu 2,5% no quarto trimestre de 2010 ante o terceiro trimestre; e avançou 7,5% na comparação com o quarto trimestre de 2009. Em 2010, o consumo das famílias cresceu 7% ante 2009, o sétimo ano consecutivo de aumento. "O consumo das famílias respondeu por 60 6% do PIB em 2010", afirmou.
"Na evolução trimestral, foi o vigésimo nono trimestre de crescimento consecutivo", acrescentou. Na avaliação de Olinto Ramos, o consumo das famílias em 2010 foi influenciado positivamente pelos bons sinais mostrados pelo mercado de trabalho, como crescimento do emprego e da massa salarial real. "Além disso, também tivemos no ano passado o incentivo de redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em alguns produtos", disse ele, lembrando os benefícios de redução e de isenção fiscal promovidos pelo governo, principalmente no setor de bens duráveis, para estimular o consumo do mercado interno no cenário pós-crise global. Isso ajudou a aquecer a demanda doméstica, na análise do especialista. "Quem explicou mais o crescimento de 7,5% do PIB foi a demanda interna", afirmou.