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O consumo de combustíveis no Brasil cresceu 5,35% em outubro, para 9,503 bilhões de litros. Para especialistas, o desempenho sinaliza que a crise financeira ainda não provoca grandes reflexos no setor. Houve, porém, alguma desaceleração, em comparação com o ritmo verificado no início do ano, movimento que pode se acentuar até o fim de dezembro. Até o primeiro semestre, a alta estava em torno dos 10%; agora, no acumulado do ano, é de 9,1%.

"Ainda que o desempenho do mês possa ser considerado positivo, nossa expectativa para os dois últimos meses de 2008 é de que o consumo de derivados de petróleo deverá sofrer certa desaceleração, como conseqüência do recrudescimento da crise", afirmam, em relatório, os analistas da Tendências Walter Vitto e Camila Saito.

O maior destaque nos dados sobre o consumo de combustíveis em outubro continuou sendo o álcool hidratado, que teve alta de 21,4% no mês, em comparação com o mesmo período do ano anterior, atingindo 1,204 bilhão de litros. No acumulado do ano, as vendas do produto são 44,9% superiores ao verificado nos dez primeiros meses de 2007.

O consumo de gasolina C (mistura vendida nos postos com 25% de álcool anidro) também apresentou alta no mês, de 5,26%, para 2,232 bilhões de litros. Excluindo o volume de etanol incluído na mistura final, as vendas de gasolina pura foram de 1,674 bilhão de litros, menor do que os 1,764 bilhão de litros de etanol comercializados no País, puro ou misturado à gasolina.

As vendas de diesel, por sua vez, cresceram 5,49%, para 4,122 bilhões de litros. No acumulado do ano, o produto tem alta de 8,9%. O aumento no consumo de diesel, provocado pelo crescimento econômico pré-crise financeira, põe em risco a manutenção da auto-suficiência em 2008, uma vez que não há produção nacional suficiente para abastecer o mercado.

Até terceiro trimestre, a balança comercial de petróleo e combustíveis da Petrobrás estava deficitária em 36 mil barris por dia, situação que não deve ser revertida até o final do ano.

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