O consumo de energia elétrica no Brasil cresceu 3,7% em outubro deste ano frente ao mesmo intervalo de 2010, para 36,457 mil GWh informou nesta segunda-feira (28) a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Na comparação entre janeiro e outubro de 2011 com igual período do ano passado, a expansão foi de 3,8%, para 357,488 mil GWh.
Em Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, a EPE, órgão ligado ao governo federal, destacou que a taxa é relativamente baixa se comparada com o histórico recente de média de 5,3% ao ano desde 2005. No acumulado em 12 meses, o crescimento foi de 3 9%, para 428,4 mil GWh.
Segundo a EPE, o consumo industrial cresceu 1,2% entre outubro de 2011 e igual mês de 2010, para 15,6 mil GWh. A autarquia informou que o discreto avanço no consumo reflete o arrefecimento da atividade industrial, mas salientou que o consumo apurado no mês é o terceiro maior do ano, inferior apenas aos dos meses de agosto, recorde no ano, e setembro.
O órgão também destacou que a evolução do consumo industrial tem sido diferente em cada região do País, ao longo do ano, com Centro-Oeste e Norte, de menor consumo nominal, com as taxas de crescimento mais elevadas. No mês de outubro, o Sul também apresentou alta taxa de crescimento (5,6%), mas Nordeste e Sudeste mostraram retração, de 3,7% e de 1,2%, respectivamente.
A demanda da classe comercial foi, mais uma vez, o destaque. Nesse segmento, o consumo de eletricidade aumentou 7,8% em outubro, para 6,159 mil GWh. Segundo as projeções da EPE, a tendência é que esse comportamento destacado se mantenha nos próximos anos.
O consumo residencial também apresentou um crescimento expressivo em outubro, na comparação com igual período do ano passado, de 4,5%, para 9,356 mil GWh. A EPE avalia que esse crescimento é explicado em grande parte pelo aumento do número de consumidores. Entre janeiro e setembro, houve a incorporação de 170 mil novos consumidores por mês, o que significa uma expansão de 3,5% ao ano na base de consumidores.
Em outubro, contudo, o movimento líquido no cadastro de consumidores (ligações e desligamentos) apresentou um saldo positivo de apenas 55 mil novas unidades, disse a EPE. "A média de novas ligações nos últimos três meses também foi relativamente mais baixa, de 118 mil unidades por mês, o que pode ser sugestivo de uma tendência. A confirmar nos próximos meses", afirmou.
A resenha também aponta que o consumo por consumidor cresce à razão de 1,2% ao ano, taxa relativamente mais baixa do que a observada nos últimos anos. Neste caso, o órgão considera que essa performance está influenciada, em parte, pelo efeito clima.
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