O etanol vem ajudando o governo a importar menos gasolina, segundo declarou hoje a diretora-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Magda Chambriard.

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Até o fim do ano a expectativa é de que o etanol seja responsável por uma substituição na importação de gasolina de mais de US$ 10 bilhões. Apenas com o aumento de etanol na mistura de gasolina, realizada em maio deste ano, de 20% para 25%, deixou-se de importar US$ 1 bilhão, com expectativa de fechar o ano em " 1,9 bilhão.

"O etanol esta ajudando a balança comercial brasileira", disse Magda. Segundo a diretora, o monitoramento de preços do combustível na bomba, que a ANP faz, identificou redução no preço do etanol para o consumidor.

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Segundo a regra que prevê vantagem para o abastecimento com o combustível verde quando ele custar até 70% do preço da gasolina, já é possível abastecer com etanol em alguns Estados.

De acordo com Magda, em São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás gasolina e etanol apresentam relação custo/benefício equivalente. Em parte do triângulo mineiro e do Mato Grosso a situação se repete.

Leilão

A diretora-geral da ANP também disse hoje que o possível adiamento do primeiro leilão do pré-sal, do campo de Libra, na bacia de Santos, marcado inicialmente para 21 de outubro, está relacionado com o processo de licenciamento prévio e aprovação prévia da rodada.

"Existe todo um processo. No pré-sal, encaminhamos todas as informações ao Ministério de Minas e Energia e ao Tribunal de Contas da União", disse. Segundo a diretora, "o cronograma acaba ficando apertado".

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O texto continua sendo analisado pelo TCU, conforme antecipou a Folha de S.Paulo na sexta-feira (23), prazo para publicação do texto. "Estou torcendo para que o TCU nos responda até o dia 2. Preciso fazer a publicação do edital dia 6, para isso tenho de mandar para o Diário Oficial até o dia 5", afirmou Magda.

A diretora defendeu ainda que para mitigar a questão do cronograma, a agência divulgou os dados públicos dessa rodada em seu site oficial, para que as empresas possam dar início aos estudos na área. "Que é complexa, grande e exige um desenvolvimento de produção que não é trivial".

Preço

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, se reuniu hoje durante duas horas com toda a diretoria da Petrobras, inclusive a presidente da estatal, Graça Foster, para discutir a conjuntura atual.

Lobão disse que apesar de o governo admitir a defasagem de preços da gasolina e do diesel, não há perspectiva de aumento no momento. "Não se está cogitando aumento agora do ponto de vista do governo", afirmou.

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A preocupação do governo, disse o ministro, é com o reflexo na inflação.

"O governo conduz essa matéria com a Petrobras com todo cuidado para que não haja reflexo na economia, gerando inflação. Se de um lado temos as necessidades da Petrobras, de outro temos também os cuidados com a economia", concluiu.