A média do consumo diário de gás natural no Brasil subiu 26,5% em maio contra o mês anterior, atingindo 41,5 milhões de metros cúbicos, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) nesta quinta-feira (2).

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A indústria registrou alta de 8,74% em relação ao mês anterior, após sucessivas quedas, informou a Abegás. Na comparação anual, no entanto, a indústria continua registrando retração, de 23,39% contra maio e de 27,10% no acumulado de cinco meses.

"A redução da produção industrial é em decorrência da crise financeira mundial, mas principalmente pela perda de competitividade do gás natural em relação aos outros combustíveis", afirmou a Abegás em nota.

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Com a queda do preço do petróleo no mercado internacional, os derivados do petróleo voltaram a competir com o gás natural em termelétricas, indústrias e principalmente no gás veicular, que também enfrenta a disputa com o etanol, cujos preços estão atraentes devido à maior oferta.

O setor automotivo registrou queda de 1,09% em maio contra o mês anterior e recuou 14,96% no ano. Nos primeiros cinco meses de 2009, a queda atingiu 13,89%.

Já o consumo residencial cresce em todas as comparações, com alta de 15,44% em relação a abril e de 7,96% se comparado a maio de 2008. No acumulado do ano, o consumo tem alta de 2,90%.

Volta das térmicas

O destaque em maio ficou por conta do desempenho das termelétricas, religadas por determinação do Operador Nacional do Sistema devido à seca no Sul do país. A demanda subiu 160,95% em relação a abril, apesar de amargar queda de 11,90% contra maio de 2008 e de 51,75% no ano.

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O setor de cogeração deu um salto de 32,81% no consumo em maio comparado a abril e de 1,65% na comparação anual. O bom desempenho não foi suficiente para compensar a queda nos primeiros cinco meses, acumulada em 13,38%.

Em relação ao mesmo período do ano passado, o consumo de gás de maneira geral caiu 16,49%, devido à redução da produção industrial em decorrência da crise financeira mundial e também pela perda de competitividade do gás natural em relação aos outros combustíveis, informou a Abegás.