O consumo total de gás natural no Brasil caiu 16,94% em outubro em relação ao mesmo mês de 2010, de acordo com dados divulgados nesta quinta pela Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). Em outubro deste ano, foram consumidos 49,894 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d).
O consumo do setor industrial aumentou 1,51% em outubro ante igual período do ano anterior, enquanto o residencial subiu 4,72%, o comercial teve elevação de 9,01% e o automotivo cresceu 0,77%. O que puxou o consumo para baixo foi a queda de 49,57% no uso do gás para geração elétrica. A cogeração também caiu 3,02%.
Na comparação do acumulado do ano até outubro, a Abegás destaca o consumo do segmento industrial - responsável por quase 60% da demanda brasileira de gás natural -, que apresentou um crescimento de 10,55% quando comparado com o mesmo período de 2010, saltando da média de 26,2 milhões para 28,9 milhões de metros cúbicos consumidos diariamente. As residências e o comércio também aumentaram o consumo de gás natural em 8,87% e 8 43% na mesma base de comparação.
"Esses volumes só não elevaram o consumo médio diário de gás natural no acumulado do ano, em razão da queda de 3,8 milhões de metros cúbicos, por dia, no despacho térmico", informou a Abegás em nota à imprensa. Já a comercialização no setor automotivo permaneceu estável.
Comparando-se os dados de outubro com o mês anterior, houve um crescimento de 3,76% no consumo de gás natural, em razão de um maior acionamento térmico. O segmento automotivo teve alta de 0 79%. "Do volume total comercializado, se comparado com o ano anterior, haveria uma queda em razão da redução à metade do despacho térmico. Em contrapartida, todos os segmentos apresentaram crescimento", informa a entidade.
A Região Sudeste continua sendo a que mais consome gás natural no País, com 32,4 milhões de metros cúbicos consumidos por dia em outubro, seguida pelo Nordeste, com 10,2 milhões de m3/d, e Sul, com 4,6 milhões de m3/d. Já as regiões Norte e Centro-Oeste consumiram, respectivamente, 2,2 milhões m3/d e 263,5 mil m3/d.