O crescimento econômico dos Estados Unidos acelerou no terceiro trimestre com um impulso nos gastos do consumidor compensando os primeiros cortes em investimento em mais de um ano por causa da cautela das empresas. O ritmo mais forte de expansão, entretanto ficou aquém do que seria necessário para reduzir o desemprego, e oferece poucos motivos de comemoração para a Casa Branca antes da eleição presidencial de 6 de novembro.
O Produto Interno Bruto (PIB) se expandiu a uma taxa anual de 2% informou ontem o Departamento do Comércio, acelerando sobre o ritmo de 1,3% no segundo trimestre. Seria necessário um ritmo acima de 2,5% durante vários trimestres para provocar uma mudança substancial na taxa de desemprego.
O relatório foi divulgado pouco mais de uma semana antes da eleição, na qual o presidente Barack Obama está tentando derrotar o republicano Mitt Romney.
Desde que saiu da recessão de 2007-2009, a economia tem enfrentado uma série de problemas, da alta dos preços da gasolina aos problemas de dívida na Europa e, recentemente, temores de austeridade do governo dos EUA. O país tem encontrado dificuldade para superar um ritmo de crescimento de 2% e permanece 4,5 milhões de empregos aquém de onde estava quando a contração começou.
Os consumidores, no entanto, deram de ombros aos fortes cortes iminentes nos gastos do governo e impostos mais altos, que devem entrar em vigor no início do ano se não houver ação do Congresso. Eles foram às compras no final do trimestre, adquirindo uma série de bens - incluindo automóveis e o iPhone 5 da Apple. Os gastos do consumidor, que respondem por cerca de 70% da atividade econômica dos EUA, cresceram a uma taxa de 2% após subirem 1,5% no período anterior.
O ritmo mais rápido de gastos aconteceu apesar de uma alta nas pressões inflacionárias com o aumento dos preços da gasolina. Um índice de preços para gastos pessoais subiu a uma taxa de 1,8%, acelerando ante 0,7% no segundo trimestre. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.