Laboratório de análises da Sanepar: depois de seis anos “congelada”, a tarifa de água e esgoto subiu 44,5% nos últimos três anos.| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

44,5% em três anos foi reajuste acumulado na tarifa de água e esgoto da Sanepar desde o início do governo Richa. A estatal justificou os aumentos como recuperação de parte de inflação registrada no período, após congelamento durante seis anos.

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A Companhia de Sanea­mento do Paraná (Sanepar) quer reajustar em 8,17% a tarifa de água e esgoto neste ano.

Para ter validade, a proposta precisa ser aprovada pelo Instituto das Águas do Paraná – autarquia vinculada à Secretaria Estadual de Meio Ambiente e que atua como órgão regulador da Sanepar – e, depois, pelo governo do estado.

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O índice solicitado foi definido em reunião do conselho de administração da empresa, na semana passada, e divulgado em comunicado ao mercado.

O reajuste seria o quarto no governo de Beto Richa (PSDB). A tarifa da empresa não teve alterações entre 2005 e 2010, mas subiu 16% em abril de 2011; 16,5% no mesmo mês de 2012; e 6,9% no ano passado. Em três anos, a alta acumulada foi de 44,5%.

Sobre os aumentos de 2011 e 2012, a companhia informou, nas respectivas épocas, que os reajustes eram necessários para recuperar parte da inflação acumulada desde o primeiro ano de congelamento da taxa. Após seis anos sem alterações, a defasagem da tarifa teria chegado a 33% em janeiro de 2011, período em que o valor pago pelos usuários já não era suficiente viabilizar novos investimentos.

No ano passado, o reajuste autorizado pelo Instituto das Águas do Paraná, de 6,9%, foi menor que o índice requisitado pela companhia, que havia proposta reajuste de até 10,62%. A tarifa proposta pelo governo foi criticada pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep).

Análise do pedido

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Com a proposta em mãos, o Instituto das Águas do Paraná convoca seu conselho administrativo para definir a aplicação ou não do reajuste proposto pela Sanepar. O grupo é presidido pelo secretário estadual do Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida – que preside o conselho–, pelos secretários da Agricultura, Norberto Ortigara, e do Planejamento, Cassio Taniguchi, além do presidente, Márcio Fernando Nunes, e de um servidor efetivo do Instituto das Águas.

O instituto elabora opções com diferentes taxas de reajuste. As propostas seguem para análise do governador do estado, que define qual será aplicada. O Instituto informou que, até a manhã de ontem, não havia recebido a proposta para dar início aos procedimentos de análise.

Não há um prazo mínimo estabelecido para que Instituto das Águas do Paraná envie sua recomendação ao governador. Segundo o órgão, o único prazo estabelecido no trâmite de reajuste das tarifas de água é o de homologação da nova tarifa, que passa a vigorar 30 dias após a publicação do decreto estadual.