A conta de luz dos paranaenses deve ficar 11,5% mais barata a partir do fim de junho, quando a Copel passará pelo 4.º Ciclo de Revisão Tarifária. A estimativa é da própria estatal e foi calculada com base em planilhas enviadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A revisão tarifária, que a Aneel realiza a cada quatro anos, é um processo mais minucioso que o dos reajustes anuais. Por isso, ainda passará por algumas etapas antes da homologação da nova tarifa.
Além de ser analisada pelo Conselho de Consumidores da estatal, a revisão tarifária também será debatida em audiência pública no mês que vem. “Somente após essas etapas haverá a definição do índice a ser aplicado a partir de 24 de junho”, informou a empresa, em nota.
O Conselho de Consumidores é um órgão de caráter consultivo instituído em 1993. Dele fazem parte representantes das classes de consumo (residencial, industrial, comercial, rural e poder público) e do Procon. A lista dos integrantes está disponível no site da Copel.
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Depois de serem reduzidas por força do pacote de renovação de concessões do governo federal, no início de 2013, as tarifas da Copel – e da grande maioria das distribuidoras do país – sofreram fortes reajustes nos últimos anos.
A tarifa residencial da concessionária paranaense, por exemplo, havia caído 4,2% em meados de 2012 e 18,1% no começo de 2013. Na sequência, sofreu quatro reajustes, três anuais e um extraordinário, nos quais acumulou alta de 104%. Ou seja, o valor do quilowatt-hora mais que dobrou nos últimos três anos.
Em fevereiro, a consultoria TR Soluções estimou que a tarifa média da Copel poderia cair perto de 6% neste ano, sob o efeito de dois fatores principais. Um deles é a redução de 31,5% na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), um encargo setorial. O outro é o término do repasse de reajustes que a empresa não aplicou integralmente em 2013 e 2014 e que foram embutidos na tarifa a partir de junho do ano passado.
A projeção da TR Soluções não inclui as bandeiras tarifárias, cujo valor vem sendo reduzido desde fevereiro e será zerado no início de abril. O fim dessa cobrança e a redução da CDE – que influenciará as tarifas de outras distribuidoras brasileiras, principalmente no Sul e no Sudeste – terão efeito benéfico sobre a inflação, depois de vários anos de forte pressão.
CORREÇÃO: A primeira versão deste texto informava que a projeção de queda de 11,5% na nova tarifa era da Aneel, conforme dava a entender comunicado enviado pela Copel ao mercado. No entanto, o índice de 11,5% foi calculado pela própria Copel com base em planilhas enviadas pela Aneel.
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