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O medo de insolvência no sistema financeiro internacional castigava os mercados acionários nesta segunda-feira, movimento acompanhado pelo Bolsa de Valores de São Paulo, que testava novas mínimas em 17 meses.

Às 11h47, o Ibovespa, índice com as 66 ações mais negociadas da bolsa paulista, assinalava baixa de 5,83 por cento, para 47.822 pontos. O giro financeiro do pregão era de 1,8 bilhão de reais.

O acordo anunciado para aprovação legislativa do pacote multibilionário de ajuda a grandes bancos dos Estados Unidos, evento que era aguardado até sexta-feira como a tábua da salvação do sistema financeiro internacional, rapidamente ficou para segundo plano, com os sinais de contágio da crise na Europa.

De um lado, os governos belga, holandês e de Luxemburgo resgataram o grupo Fortis, um dos 20 principais bancos da Europa. De outro, o Santander informou que irá comprar a unidade de varejo da concessora de empréstimos britânica Bradford & Bingley e o governo britânico anunciou a nacionalização da carteira de hipotecas do banco.

"O medo de quebradeira de bancos na Europa anulou os efeitos do pacote nos Estados Unidos", disse Carlos Alberto Ribeiro, diretor da Novação Distribuidora.

A notícia da compra do Wachovia pelo Citi, nos Estados Unidos, e de uma ação coordenada de bancos centrais para prover liquidez aos mercados foram o suficiente apenas para estacar a queda livre das bolsas no mundo todo.

Na Bovespa, ações de maior liquidez figuravam entre as mais castigadas. Vale despencava 7,19 por cento, valendo 32,03 reais. BM&F Bovespa tinha performance ainda pior, desabando quase 10 por cento, para 8,20 reais.

Nem mesmo Petrobras, que na sexta-feira à noite anunciou a descoberta de uma nova reserva de óleo na bacia de Santos, escapava ao movimento, naufragando 6,32 por cento, a 33,19 reais, seguindo a orientação no mercado de petróleo, cujo barril testava o piso dos 100 dólares.

Uma das piores quedas do dia era Companhia Siderúrgica Nacional, com um mergulho de 8,18 por cento, a 40,40 reais.

Depois de Sadia e Aracruz terem anunciado na última quinta-feira que tiveram perdas com operações de derivativos, o mercado passava a comentar sobre a possibilidade de a CSN ser a próxima a anunciar o mesmo tipo de prejuízo.

Na sexta-feira, a siderúrgica havia anunciado que iria se pronunciar a respeito, mas não o fez. Consultada nesta segunda-feira, a companhia informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que deve enviar comunicado sobre o assunto até o final do dia.

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