Contas do governo fecham maio no vermelho com déficit de R$ 45 bilhões

As contas do Governo Central, que reúne o Tesouro, Previdência Social e Banco Central, fecharam o mês de maio no vermelho de acordo com dados divulgados na quinta (29). Houve déficit primário de R$ 45,01 bilhões, 14,5% maior que no mesmo mês do ano passado, de R$ 39,32 bilhões.

De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, as despesas totais do governo tiveram aumento de 13,3% no mês, de R$ 22,2 bilhões (veja na íntegra). As principais variações ocorreram na redução de R$ 10,1 bilhões em benefícios previdenciários e aumentos de R$ 5,3 bilhões em abono e seguro desemprego, R$ 15,7 bilhões em sentenças judiciais e precatórios e R$ 7,1 bilhões em controle de fluxo.

Já as receitas totais aumentaram menos, de apenas 3,7% (R$ 6,7 bilhões) na comparação com maio de 2022, e alcançaram R$ 186,3 bilhões. A variação ocorreu por conta da redução da cobrança de Cofins, de R$ 1,6 bilhão, e aumentos no imposto de renda (R$ 1,3 bilhão), outras receitas administradas pela Receita Federal (R$ 1,8 bilhão), Previdência (R$ 4,1 bilhões) e dividendos e participações (R$ 3,3 bilhões).

Já no acumulado do ano, o Governo Central acumulou um superávit primário de R$ 2,15 bilhões, menor do que os R$ 39,7 bilhões do mesmo período de 2022.

O Tesouro informou, ainda, que o resultado primário do Governo Central em 12 meses (considerando período até maio de 2023) é superavitário em R$ 18,2 bilhões (valores reais), equivalente a 0,18% do Produto Interno Bruto (PIB), e que o déficit primário de todo o ano deverá ficar abaixo de 1% do PIB.

“A ideia é fechar 2023 em patamar bem abaixo do valor autorizado pela Lei Orçamentária, que é um déficit de R$ 238 bilhões, ou 2,2% do PIB”, disse o Ministério da Fazenda em comunicado.

Ainda segundo a pasta, de janeiro a maio de 2023, a Previdência Social registrou déficit de R$ 113,28 bilhões, enquanto o Tesouro Nacional e o Banco Central apresentaram superávit de R$ 115,48 bilhões (valores nominais), aponta o relatório.