A conta de transações correntes do balanço de pagamentos do Brasil com o exterior apresentou déficit de US$ 1,738 bilhão em maio, segundo dados do Banco Central, divulgados nesta quarta-feira (24).
No acumulado dos cinco primeiros meses de 2009, o saldo negativo das transações correntes é de US$ 6,612 bilhões, o equivalente a 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB). O resultado é melhor do que o acumulado no mesmo período do ano passado, quando a conta de transações correntes acumulava déficit de US$ 14,09 bilhões. Já nos últimos 12 meses até maio, o déficit em transações correntes subiu para US$ 20,714 bilhões, o equivalente a 1,51% do PIB.
IED
A entrada de Investimento Estrangeiro Direto (IED) no País em maio somou US$ 2,483 bilhões, de acordo com o BC. De janeiro a maio de 2009, o ingresso de capital externo produtivo soma US$ 11,234 bilhões, ou 2,55% do PIB. Em 12 meses até maio, o fluxo de investimentos estrangeiros diretos no Brasil subiu para US$ 42,308 bilhões, o equivalente a 3,08% do PIB.
Do total de IED de maio, US$ 1,8 bilhão é referente à participação no capital de empresas (incluídas as conversões em investimentos) e US$ 651 milhões são desembolsos líquidos de empréstimos intercompanhia.
Remessas
A remessa de lucro e dividendos feitas por multinacionais estrangeiras instaladas no Brasil voltou a subir em maio. Segundo dados do BC, as remessas somaram US$ 2,559 bilhões no mês passado, ante remessas de US$ 1,716 bilhão no mês anterior.
No acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, as remessas de lucros e dividendos somam US$ 7,832 bilhões, metade do registrado no mesmo período do ano passado, quando as empresas remeteram US$ 15,596 bilhões. O resultado de maio deste ano também é melhor do que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando as remessas de lucros e dividendos somaram US$ 3,238 bilhões.
Juros
As despesas com juros externos, ainda de acordo com o BC, somaram US$ 378 milhões em maio deste ano ante US$ 92 milhões em maio do ano passado. No acumulado de 2009, as despesas com juros externos totalizam US$ 3,62 bilhões.
A taxa de rolagem dos empréstimos externos de médio e longo prazos ficou em 35% em maio, informou o BC. No acumulado de 2009 até o mês passado, o desempenho do índice é um pouco melhor, de 55%.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast