As transações correntes do país (conta que incluiu todas as operações financeiras do Brasil com o exterior) registraram superávit de US$ 1,520 bilhão em novembro, acumulando no ano saldo positivo de US$ 13,182 bilhões, de acordo com o Banco Central. No mesmo mês do ano passado, o superávit ficou em US$ 1,731 bilhão.
Por conta do bom desempenho de novembro, o Banco Central revisou sua previsão de superávit para 2006, de US$ 11,9 bilhões para US$ 13,3 bilhões, e para o próximo ano, de US$ 2,5 bilhões para US$ 4,5 bilhões.
A balanca comercial continua sendo o principal fator para o resultado das contas correntes. No mês passado, o saldo ficou positivo em US$ 3,194 bilhões, acumulando no ano US$ 41,084 bilhões.
Também neste caso, o BC puxou para cima suas expectativas para este ano (de US$ 41 bilhoes para US$ 44,5 bilhões) e para 2007 (de US$ 30 bilhões para US$ 35 bilhões).
Na conta de pagamento de juros, o saldo ficou negativo em US$ 768 milhões em novembro, sendo que o BC mudou a expectativa para 2006 de déficit US$ 10,1 bilhões para US$ 10,9 bilhões. Para 2007, o cálculo passou de um déficit de US$ 8 bilhões para US$ 8,9 bilhões.
As remessas de lucros e dividendos no mês passado ficaram negativas em US$ 763 milhões, praticamente o mesmo volume de igual período de 2005 (721 milhões). Para 2006, o BC espera um saldo negativo de US$ 15,3 bilhões, acima da projeção anterior, de US$ 14,5 bilhões.
Sobre investimentos estrangeiros diretos, o BC também elevou suas estimativas para 2007, passando de US$ 18 bilhões para US$ 18,3 bilhões, mas manteve para 2007 (também 18 bilhões).
Em novembro, esses investimentos somaram US$ 2,668 bilhões, bem acima do resultado de igual período de 2005, quando ficou em US$ 1,172 bilhão. Neste ano, o saldo já acumula US$ 16,296 bilhões.
