As políticas públicas aplicadas nos últimos quatro anos para permitir o acesso da população de baixa renda aos serviços do sistema bancário começam a apresentar resultados positivos. A rede bancária registrou uma elevação de 24% no número de contas correntes e de 38% no índice de contas poupança. Somente no ano passado, seis milhões de pessoas passaram a ter contas simplificadas, adaptadas as condições de vida de cada uma.
A estatística é resultado de um estudo divulgado pelo Banco Central durante o 5º Seminário sobre microfinanças, promovido pela instituição financeira, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio a Pequenas e Micro Empresas (Sebrae), em Recife (PE).
O objetivo do encontro, que será encerrado hoje (9) à noite, é mostrar para pequenos empreendedores, representantes da classe empresarial e líderes comunitários a importância das microfinanças na promoção do desenvolvimento econômico e social da população residente em comunidades carentes.
De acordo com o chefe do Departamento de Organização do Sistema Financeiro do Banco Central, Luiz Feltrim, entre as medidas adotadas pelo governo federal para ampliar a clientela do sistema financeiro estão os correspondentes bancários, programa de microcrédito e a formação de cooperativas de crédito. "Com a inclusão bancária as pessoas passaram a ter o sentimento de cidadania satisfeito", enfatizou Feltrim.
Segundo ele, o brasileiro tem uma capacidade natural para o empreendedorismo, mas muitas vezes fica limitado por falta de crédito. Entre as instituições que disponibilizam crédito popular, estão o Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, as cooperativas, a Sociedade de Crédito ao Empreendedor, além de entidades como o Banco do Povo e organizações não-governamentais que contam com recursos financeiros de organismos internacionais.
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