O Ministério do Planejamento anunciou nesta sexta (21) que o rombo nas contas públicas deste ano será de R$ 145,4 bilhões, além de um “excesso de despesas” de mais R$ 1,5 bilhão. Os dados fazem parte do relatório do terceiro bimestre da pasta que aponta a necessidade de bloqueio de R$ 3,2 bilhões no acumulado acima do limite total do Teto de Gastos.
O rombo será de aproximadamente R$ 9 bilhões acima da projeção anterior, de junho, e corresponde a 1,4% do PIB (Produto Interno Bruto). No começo do ano, o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, disse que o governo pretendia reduzir para menos de 1% o déficit primário, que desconsidera o pagamento dos juros da dívida pública.
Além de aumentar a estimativa do rombo nas contas públicas, o governo reduziu de R$ 2,367 trilhões para R$ 2,366 trilhões a estimativa para as receitas primárias do ano, principalmente por conta da queda de R$ 9,3 bilhões de Receita Previdenciária, R$ 5,6 bilhões em Cofins, R$ 3,1 bilhões em dividendos, R$ 2,8 bilhões em PIS/Pasep, e R$ 2,2 bilhões em imposto de importação.
As receitas primárias tiveram acréscimos em:
- Outras receitas administradas pela Receita Federal: R$ 12,1 bilhões;
- Imposto sobre a renda: R$ 6,5 bilhões;
- CSLL: R$ 3,6 bilhões.
Já as despesas primárias tiveram redução de apenas R$ 1,9 bilhão em gastos com pessoal e encargos sociais, e o acréscimo de R$ 4,6 bilhões em apoio financeiro a estados e municípios. Também pesaram na conta o pagamento de benefícios previdenciários (R$ 2,4 bilhões) e subsídios e Proagro (R$ 1,2 bilhão).
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