Brasília O ministro das Comunicações, Hélio Costa, reconheceu que a tevê digital poderá começar a funcionar sem uma definição se os telespectadores poderão ou não gravar programas e reproduzir em outros aparelhos. Há uma dúvida sobre bloqueio de conteúdo dos programas da tevê digital, que tem previsão para entrar em operação a partir de 2 de dezembro em São Paulo. Instituições ligadas ao direito condenam o veto às gravações, mas as emissoras defendem um mecanismo que impeça a reprodução em CDs ou DVDs, para inibir a pirataria.
"Nada impede, evidentemente, que a tevê digital comece as suas operações a partir do dia 2 de dezembro sem estar com esse sistema definido", afirmou ontem o ministro. Costa tem concordado com o argumento das emissoras de que é preciso impedir a reprodução dos programas de alta definição.
Pela proposta das empresas, os telespectadores poderiam gravar programas em um arquivo que ficasse no próprio aparelho e as cópias em CDs ou DVDs só poderiam ser feitas com imagens de qualidade inferior, sem a definição da tevê digital. "Nunca se pretendeu fazer qualquer bloqueio do que é transmitido pela televisão. O que se propôs foi que nas transmissões de alta definição exclusivamente nas transmissões de alta definição você tivesse um sistema colocado que permitiria lá na frente decidir se nós vamos autorizar mais de uma gravação ou não. Porque uma gravação automaticamente já está permitida", afirmou o ministro.
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