A Copa do Mundo ajudou a encurtar em ao menos quatro meses o tempo médio de instalação das fibras ópticas da Telebras nas cidades que receberão as partidas de futebol. A infraestrutura, uma exigência da Fifa, contribui para o cumprimento de metas do programa federal para popularização da internet banda larga.
Obras necessárias para implementação do chamado PNBL (Programa Nacional de Banda Larga) costumavam esbarrar em burocracias dos governos locais, que contribuíam para retardar o processo, segundo a Telebras.
Com a proximidade da Copa - e para não fazer feio durante os jogos- Estados e municípios agora têm dado agilidade ao desembaraço dos projetos que viabilizam essas instalações.
"As sedes da Copa assumiram o compromisso e precisam dessa infraestrutura. Quando os projetos chegam nas prefeituras, eles ganham prioridade. Se não fosse a Copa, eles entrariam na fila normal da análise", disse à reportagem o presidente da Telebras, Caio Bonilha.
Além de servir para levar sinal de internet, os cabos de fibra óptica são usados para fazer a transmissão de sons e imagens dos jogos em alta definição.
A Telebras é responsável por conectar os estádios a uma central com a fibra óptica. De lá, o sinal é distribuído pelas retransmissoras de TV.
Na maioria dos grandes centros, o que a Telebras precisa fazer é levar a fibra óptica até dentro dos estádios. Manaus e Cuiabá não tinham ainda nenhuma ligação de fibra óptica, e a estatal teve que levar o serviço até lá.
Pelo cronograma do PNBL, o governo precisa prover, até o fim de 2014, infraestrutura suficiente para conectar 40 milhões de brasileiros à rede de computadores. A Telebras estima que cerca de 75% do projeto já foi concluído.
O serviço é prestado por meio de pequenas empresas locais, que alugam a infraestrutura para vender sinal de banda larga a consumidores finais. Como o maior investimento é custeado pelo governo, a internet pode chegar na ponta com preço mais competitivo.
Prazos
Em média, o prazo para que esses projetos de infraestrutura sejam aprovados pelas prefeituras e implementados pela Telebras é de um ano. Nas cidades sedes da Copa, porém, o processo andou mais rápido. Ficaram prontos em cerca de oito meses.
O andamento das obras esbarrava não só no tempo para aprovação dos projetos, mas na cobrança de sucessivas taxas pelos governos locais e na necessidade de levar energia para áreas distantes de grandes centros -dificuldades que apresentam ritmos variados de solução em cada região do país.
"A Copa ajudou muito a acelerar esse processo", afirmou Bonilha. "Encontramos muitas dificuldades para destravar esses trâmites e as cidades sede têm colaborado muito conosco".
Atualmente, todas as cidades sedes dos jogos esportivos já receberam a fibra óptica. O desafio agora é fazer com que a fibra chegue aos estádios que ainda estão em fase de obras.
Os gastos da Telebras com os projetos da Copa já chegam a R$ 65 milhões. A previsão é de que sejam gastos até R$ 70 milhões.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast